Associação de Pais de S. Lázaro garante que nenhum aluno deixou de receber refeições

A Associação de Pais da EB1 de São Lázaro considera “inadmissível” a acusação do Partido Socialista. Em causa está a denúncia feita esta segunda-feira na reunião de câmara de Braga.
O vereador Hugo Pires referiu que estão a ser negadas refeições a crianças cujos encarregados de educação tenham pagamentos em atraso e que existe uma lista de devedores afixada. Em declarações à RUM, a presidente da Mesa da Assembleia da Associação de Pais garante que “nem um caso nem outro correspondem à verdade”.
Eneida Cardoso diz que foi “apanhada completamente de surpresa”, lamentando que o PS esteja a colocar “o esforço da associação na lama”. “Estamos nesta associação há três anos e não fazemos mais se não promover o bem estar das crianças e das respetivas famílias. Não há nenhum pai que refute isto que estou a dizer”, acrescenta.
Cerca de duas centenas de alunos beneficiam das refeições fornecidas pela Associação de Pais da EB1 de São Lázaro. Além disso é responsável pela CAF – Componente de Apoio à Família, onde se gera o lucro da associação.
Mesmo com essa valência fechada em agosto, no período de férias, explica Eneida Cardoso, foi “a única escola pública da cidade de Braga, nesse mês, que continuou a fornecer refeições, sem qualquer apoio, além das verbas da associação”.
Hugo Pires corrige acusação mas garante que recusa de refeições acontece em Braga
Contactado pela RUM, Hugo Pires retificou a afirmação proferida esta segunda-feira. O vereador socialista reconhece que esta associação de pais não se recusa a dar refeições, pedindo desculpa e justificando que recebeu “uma informação errada”.
No entanto, garante que “há um ou outro caso de escolas” que negam esse serviço. “Há várias ameaças aos alunos ou aos pais, dizendo que, se não pagarem, não comem”, refere, sem dar maior pormenores sobre as instituições em causa.
Quanto aos devedores na EB1 de São Lázaro, Hugo Pires mantém a tese, com base em testemunhos de encarregados de educação, argumentando que, “nas reuniões de pais, a lista com os nomes fica ou ficava à porta da sala”. Em relação a esta última versão, Eneida Cardoso reforça a ideia de que se trata de “uma mentira”.
