Associações de Braga apelam por medidas mais igualitárias e justas para as mulheres

É urgente aplicar medidas mais igualitárias e justas para as mulheres. Esta é uma das reivindicações de várias associações no Dia Internacional para a eliminação da violência contra as mulheres, assinalado esta quinta-feira.

No distrito de Braga, a manifestação pelo fim da violência contra as mulheres, organizada pela Rede 8M, ocorreu na Avenida Central. Associações e coletivos como a UMAR, os Núcleos Antifascistas de Braga, Barcelos e Guimarães, Núcleo de Braga da Rede 8 de Março, MovimentUM, Mulheres de Braga e a greve climática estudantil marcaram presença na iniciativa.

Bárbara Amaral, representante do Núcleo Antifascista de Barcelos, refere o “machismo” e o “capitalismo” como fatores para a “inferiorização da mulher”. Para além disso, aponta que esta luta é pela “igualdade de género” e não a superioridade da mulher face ao homem.

“Dar voz a todas as mulheres” é o principal apelo destacado por Joana Silva, do Núcleo Antifascista de Braga. Para a representante bracarense, é importante “dar a mão e a voz” pelas mulheres que são “silenciadas e minimizadas”, num “sistema organizado para as calar”.

A violência obstétrica é destaca por Tatiana Mendes, representante da UMAR Braga. A ativista afirma haver uma tendência para “descredibilizar” as experiências vividas. “Se as mulheres se dizem vítimas de violência obstétrica, é porque ela existe, é uma realidade”, frisou.

A representante da UMAR Braga desloca-se às escolas para realizar a prevenção primária, de modo a informar os alunos. Nestas intervenções, no seio escolar, Tatiana Mendes denota já alguma consciência nas camadas mais jovens.

Entre 1 de janeiro e 15 de novembro de 2021, o Observatório de Mulheres Assassinadas registou 23 assassinatos de mulheres. No mesmo período do ano de 2020, 30 mulheres foram assassinadas.

Com esta manifestação a nível nacional, as várias associações apelam por medidas mais igualitárias justas. Formações especializadas em igualdade de género e casas de apoio à mulher são algumas das reivindicações trazidas a cabo para o protesto.

Escrito por Ana Sofia Leite

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