Associações do distrito mostram-se contra o fecho do pequeno comércio
As associações comerciais e industriais do distrito de Braga defendem que o comércio de proximidade não deve fechar. Seis entidades locais vão enviar ainda esta sexta-feira um documento conjunto ao Governo com algumas reivindicações para o setor.
Uma das regras que causa maior discordância é a suspensão da atividade nos serviços designados como não essenciais de pequena e média dimensão.
Além de “cumprirem com rigor as normas e boas práticas de higiene e segurança estabelecidas pela Direção Geral de Saúde”, Rui Marques, director-geral da Associação Comercial de Braga, uma das signatárias, refere que estas empresas “não estão sujeitas a uma grande pressão de procura por parte dos consumidores, não se se gerando sequer filas”.
“O benefício sanitário do encerramento deste formato de comércio não compensa minimamente o enorme prejuízo económico e social que esta decisão acarreta”, acrescenta.
Noutro prisma, as associações classificam os apoios anunciados pelo Governo como “manifestamente insuficientes” e apresentam três propostas.
A primeira é que a Segurança Social comparticipe a 100% (e não 81%) o layoff simplificado para as empresas cuja atividade tenha sido encerrada ao abrigo do confinamento e que este apoio seja estendido às empresas cuja atividade é permitida durante o confinamento, mas cuja faturação seja “fortemente penalizada pela ocorrência do dever geral de recolhimento domiciliário”.
Outra das preocupações está relacionada com os custos fixos. As entidades signatárias defendem a adoção de regime especial de apoio às rendas de janeiro e fevereiro, que assegure “a comparticipação integral do valor dos estabelecimentos encerrados ao abrigo do confinamento”.
Esperam ainda que, após este período mais restritivo, o Governo assuma a concretização de um programa de promoção da retoma das atividades económicas mais afetadas, nomeadamente do comércio e serviços de proximidade, bem como dos setores do alojamento e restauração.
O documento foi também assinado pelas associações comerciais e industriais de Barcelos, Esposende, Famalicão, Vizela e Fafe, Cabeceiras e Celorico de Basto.
