Aumentar parque público habitacional “é importante”, mas instrumentos não chegam

Carlos Videira considera importante aumentar o parque público habitacional de 2 para 5%, mas diz que os instrumentos atuais não são suficientes.
A Secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, manifestou, esta quinta-feira, a intenção do Governo aumentar o número de habitações sociais no país, para aproximar Portugal da média Europeia.
Isto significa que o parque habitacional contaria com mais 180 mil casas, a somar aos 120 mil fogos existentes.
“Hoje em dia temos um parque habitacional de 2%, corresponde a 120 mil fogos, aumentar para 5% significa que teríamos que construir ou somar 180 mil casas às existentes para termos um parque público na ordem das 300 mil casas”, afirmou o administrador da empresa municipal, para quem “os instrumentos ao dispor são escassos para a concretização deste objetivo”.
Carlos Videira considera programas como o 1.º Direito e a habitação a custos acessíveis relevantes, mas insuficientes, uma vez que apenas permitem acrescentar 33 mil casas ao parque habitacional.
“Ao nível do PRR temos o 1.º Direito que tem o objetivo de financiar a 100% 26 mil casas, sendo que não é exclusivamente para novas casas, ou seja, a vertente da reabilitação é bastante relevante. Depois temos a habitação a custos acessíveis, cujo objetivo é inclusão de 6800 casas. Somando os dois temos verba para pouco mais de 33 mil casas e isso fica muito aquém”, acrescentou o administrador.
