Ausência de Victor de Sá no cartaz da Feira do Livro é “falha imperdoável”
Os comentadores do programa de debate político da RUM aconselham a Câmara Municipal de Braga a integrar, na programação da Feira do Livro, os 100 anos de nascimento de Victor de Sá. Este fim-de-semana, no Praça do Município, António Lima alertou para aquilo que considera uma “falha imperdoável”.
“Não percebo muito bem como é que não há nenhuma alusão a um livreiro que, pelo menos a minha geração e anterior, não deve haver nenhuma pessoa que não saiba quem foi. Nada melhor do que recordar Victor de Sá quando decorrem cem anos do seu nascimento do que a Feira do Livro”, começou por alertar aquele comentador.
Uma indignação partilhada pelos restantes elementos do painel. João Granja afirma que a organização “ainda vai a tempo de salvar a honra se promoverem alguma iniciativa, uma referência”. “Custa-me a acreditar que se tenham esquecido do centenário do Victor de Sá até porque a UMinho tem tido um conjunto de iniciativas alusivas a tal facto”, acrescentou.
Ora, Jorge Cruz também não compreende a ausência de qualquer ponto na programação dedicado ao livreiro e historiador Victor de Sá, mas alerta, em tom crítico, para uma das razões que pode estar relacionada com esta ausência. “É uma figura incontornável, está-se a comemorar o centenário e não faz nenhum sentido. Na minha opinião, tem a ver com uma coisa muito simples, é o facto de a feira ser feita por gente de fora de Braga, uma empresa de Lisboa, que não conhece a realidade de Braga. É mau. Nós temos em Braga massa crítica para fazer uma feira do livro sem estar a pagar a organizações exteriores a organização de um programa”, lamentou acrescentando que “não faz nenhum sentido que se passe ao lado desta efeméride”.
