BE quer ouvir Conselho de Administração do Hosp. de Braga devido às desigualdades salariais

Um ano depois do Hospital de Braga ter passado de um regime de parceria público-privada (PPP) para a gestão pública, a 1 de Setembro de 2019, continuam as desigualdades salariais. Para além disso, a carga horária também não foi ajustada.
Os assistentes operacionais desta unidade de saúde fazem 35 horas semanais e ganham 519 euros de salário base ou fazem 40 e recebem 600 euros.
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda quer ouvir as explicações do Conselho de Administração do Hospital de Braga, na Assembleia da República, sobre o atraso da actualização de remuneração e do horário de trabalho dos trabalhadores. O requerimento já foi aprovado.
“Sempre que algum grupo profissional tem feito uma manifestação para exigir igual tratamento em relação aos restantes profissionais do Serviço Nacional de Saúde, ouvimos o Conselho de Administração dizer que tem interesse em regularizar a situação”, contudo ainda nada foi feito. Aos microfones da Universitária o deputado bloquista, Moisés Ferreira, garante que o partido quer perceber o que tem vindo a impedir o processo.
No dia 7 de Agosto, o representante do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Nélson Pinto, já tinha acusado o conselho da unidade de saúde bracarense de ser “irresponsável”. Para o SEP a responsabilidade no atraso deste processo não é apenas do Ministério das Finanças e da Saúde, é fruto da “inoperância deste conselho de administração”.
Moisés Ferreira considera “inadmissível” que esta situação esteja a decorrer no SNS. “Não se pode tolerar que depois de passar para a gestão pública a situação continue por resolver. As pessoas que estão a ser contratadas agora estão a receber mais que outros colegas que já estavam no hospital, e bem, mas não é justo para estes profissionais” com mais anos de experiência. O deputado frisa que a remuneração dos profissionais de saúde deve ser aquela que está tabelada.
