BE questiona CMB sobre Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas

O Bloco de Esquerda (BE) acredita que é possível atingir a neutralidade climática em Braga, até 2030, e, por isso, vai questionar a Câmara de Braga sobre o ponto de situação da Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, apresentada, pelo executivo liderado por Ricardo Rio, em 2016.

Numa altura em que milhares de ativistas voltam às ruas para reclamar reduções drásticas nas emissões de gases com efeito de estufa junto dos líderes mundiais que se reúnem na Cimeira do Clima, em Glasgow, o Bloco quer que a autarquia bracarense se pronuncie sobre as metas sustentáveis que tem para o concelho, lembrando que as emissões de gases com efeito de estufa, em Braga, aumentaram 7,5 por cento em 2019, face ao ano anterior.

Esta segunda-feira, no Miradouro do Picoto, o bloquista João Garcia Rodrigues, acompanhado pela deputada Alexandra Vieira, os deputados municipais, António Lima e Cristina Andrade, o membro da assembleia da União de Freguesias de São José de São Lázaro e São João do Souto, Alfredo Ribeiro, e Sameiro Mendes, da concelhia , admitiu concordar com as 29 medidas que constam na Estratégia Municipal, mas desconhece “o estado de concretização e eficácia”. Por isso mesmo, o partido vai questionar a autarquia sobre o estado desta Estratégia e sobre as ações municipais que têm sido levadas a cabo para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, uma vez que, garantem, “não têm conhecimento de qualquer medida relevante” que contribua para essa redução no territótio municipal. 

João Garcia Rodrigues, número três na lista do BE à Assembleia Municipal e formado em Biologia, acredita que o programa delineado pelo Bloco de Esquerda permite que Braga atinja a neutralidade climática até 2030. “Conseguimos reduzir as emissões, ao mesmo tempo que conseguimos aumentar a absorção de gases com efeitos de estufa, através da expansão dos espaços verdes e da garantia de melhoria do espaço arbóreo, transformando a mobilidade e garantindo a eficiência energética do edificado, por isso, sim, é possivel caminhar com muita força para a neutralidade até 2030″, garantiu o jovem.

Segundo o partido, “a principal fonte de emissões no território municipal é o setor dos transportes, principalmente os automóveis”. Nesse sentido, o BE propõe “uma aposta forte nos transportes públicos, através de uma rede adequada de autocarros por toda a cidade de emissões zero, transportes públicos gratuitos para estudantes, residentes e trabalhadores no concelho, e uma aposta forte na construção de ciclovias”. Além disso, os bloquistas sugerem a “aplicação de medidas que aumentem a eficiência energética de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social e económica”. 

O grupo municipal do Bloco de Esquerda considera prioritária a resposta municipal à crise climática, tendo já apresentado um programa para garantir a neutralidade climática em Braga até 2030. Os bloquistas vão ainda questionar a autarquia sobre a sua disponibilidade para apliacar esse mesmo programa. 

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Liliana Oliveira
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