BE volta a criticar obra do Mercado de Braga e antecipa nova derrapagem
O Bloco de Esquerda (BE) de Braga acusa a autarquia de realizar projetos dispendiosos sem antecipar problemas futuros nas novas estrutruras. A nova crítica surge depois de uma visita ao Mercado Municipal de Braga, esta terça-feira, na sequência da notícia adiantada na semana passada pela RUM resultado das queixas dos vendedores devido ao calor.
Alexandra Vieira, deputada municipal e candidata à câmara afirma que esta “é mais uma polémica” de uma obra que custou mais de seis milhões de euros. “Todo este edifício, que custou 6ME, não responde às necessidades das pessoas que vendem neste mercado”, denunciou aos microfones da RUM.
Admitindo o “interesse arquitetónico do projeto” ainda que “grandioso de mais”, Alexandra Vieira frisa que a questão está “nas condições” em que as pessoas trabalham. “O mercado é muito quente no verão, muito frio no inverno, além disso, a chuva entra, molhando quem está a vender e quem está a comprar”, constata.
A bloquista lembra que o equipamento “é um mercado e não um restaurante gourmet”. “Não é uma obra que corresponda às necessidades de quem tem que trabalhar aqui diariamente. Quem a concebeu não estudou o suficiente o que é que era mais relevante”, critica.
Também no final da ação de contacto com os vendedores do mercado municipal de Braga, o candidato à Assembleia Municipal, António Lima, acusou a maioria de “desorganização”.
“Houve já várias correções feitas depois do projeto que aumentaram o preço. Notamos todos estes defeitos que as pessoas se queixam, uns a seguir aos outros”, explica. “Fizeram uma coisa sem critério e agora vamos pagar a fatura, porque nem a questão da chuva nem a questão do frio vão ser fáceis de resolver aqui”, denuncia, sublinhando que se trata de um mercado “e não de um supermercado”.
