Bienal de Arte Têxtil Contemporânea de Guimarães projecta-se nos ‘Lugares da Memória’

A exposição do canadiano Stephen Schofield no Convento de Santo António dos Capuchos é um dos destaques da quinta edição da Contextile. A Bienal de Arte Têxtil Contemporânea de Guimarães, que foi apresentada esta quinta-feira nas instalações do antigo hospital, realiza-se entre 5 de Setembro e 20 de Outubro.

Além do artista natural de Quebec, a Ideias Emergentes, organizadora do evento, convidou a polaca Magda Soboń para expor no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura. Fruto da open call, a bienal contará também com uma mostra internacional composta por 59 obras de 50 artistas, originários de 29 países, depois de terem sido existido candidaturas de 870 pessoas, um aumento de 40% em relação à edição anterior. 


Ainda dentro do cartaz, entre outras iniciativas, estão programadas oito residências artísticas, textile talks, uma mostra de cinema ao ar livre e um serviço educativo.

‘Lugares de Memória’ é o tema da edição deste ano do evento que acontece de dois em dois anos. A directora-artística explica que este conceito se “reporta à ligação entre o território e a memória”.  


“Pensamos que nesta altura seria importante que houvesse uma reflexão em termos de memórias, através de um entendimento do espaço geográfico, identitário, social, político, económico, artístico e estético. Com esta agregação toda, o espaço torna-se um lugar”, refere Cláudia Melo.



Cancelamento do evento esteve em cima da mesa


O orçamento da Bienal de Arte Têxtil Contemporânea ronda os 150 mil euros, sendo subsidiado em 40 mil euros pela Câmara Municipal de Guimarães. Para a vereadora da Cultura, a importância da bienal prende-se com o facto de “juntar duas áreas fundamentais que geralmente não se cruzam, como o têxtil e a cultura”.


“Por um lado, nos nossos preconceitos, temos o têxtil, em que existe um operariado pouco formado, pouco sensível à questão da cultura e da arte. Do outro lado, temos a cultura para meia dúzia de eleitos e para um tipo de pessoas que não se cruza com o modelo anterior”, refere Adelina Paula Pinto, salientando a importância de se desmistificar esta ideia enraizada na sociedade.

A edição deste ano surge em contexto de pandemia. O director-executivo da Contextile admite que o cancelamento do evento foi equacionado. No entanto, “depois de o município, os artistas e os parceiros terem sido auscultados, em Abril, já numa fase descendente da pandemia”, a organização “decidiu avançar”, de acordo com Joaquim Pinheiro.

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Tiago Barquinha
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