BioCampus: Alunos da UMinho já identificaram mais de 20 espécies

Mais de 80 alunos de diferentes ciclos de estudo da Escola de Ciências da Universidade do Minho estão a fazer o levantamento da fauna e flora existentes no campus de Gualtar. A iniciativa está inserida no projeto “BioCampus” que, durante o próximo ano, irá incentivar os estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento a passar da teoria à prática.


Além de aves, pequenos mamíferos, répteis e insetos, os estudantes têm encontrado diferentes espécies, por exemplo, de cogumelos como é o caso da Amanita, uma espécie venenosa e de orquídeas. Fernanda Cássio, coordenadora do ´BioCampus`, frisa que esta é uma oportunidade de “aprender fazendo”, nomeadamente, a colher organismos sem os destruir, em conjunto com colegas de mestrado e doutoramento. 

A ideia passa por mapear a biodiversidade no campus, de modo a criar um trilho interpretativo com fotografias e informações sobre as espécies em questão. A responsável não descarta a possibilidade de implementar o projeto no campus de Azurém e, no futuro, caso seja autorizado, realizar visitas noturnas à universidade, visto que algumas das espécies identificadas são noturnas. 

Até ao momento, já foram identificadas cerca de duas dezenas de espécies. A Universidade tem optado por não aparar as ervas nos espaços verdes dos campi o que, de acordo com a responsável, tem “aumentado a biodiversidade”, em especial borboletas, por isso, a coordenadora partilha o desejo de criar um “borboletário”.

Fernanda Cássio não descarta a possibilidade deste projeto vir a nascer, eventualmente, no Parque do Picoto. “Já falámos com a Câmara Municipal e lá há muitas borboletas, seria muito interessante, até porque a polinização seria fácil”, conclui.

Outra das ambições passa por “alargar os charcos naturais” que são criados no campus, de modo a atrair mais espécies para o local. 

O “BioCampus” começou a ser desenvolvido em 2021, com o apoio do Núcleo de Estudantes de Biologia Aplicada, e envolve atualmente alunos das licenciaturas de Biologia Aplicada, Biologia e Geologia, Ciências do Ambiente, do mestrado em Biodiversidade, Ecologia e Alterações Globais e, ainda, do doutoramento em Biologia Molecular e Ambiental. Os jovens têm fotografado as espécies e identificaram animais e plantas como o sobreiro, o pinheiro manso, o alecrim, a abelha carpinteira e o carvalho alvarinho, entre outros.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Sara Pereira
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