Empresários desafiados a ajudar BVB com viaturas de combate a fogos

Os Bombeiros Voluntários de Braga (BVB) necessitam de novas viaturas de combate aos fogos. Com o aproximar da época de incêndios, a corporação conta com equipamentos de protecção individual para toda a corporação e neste momento a principal preocupação prende-se com o estado actual de várias viaturas vermelhas.


Em entrevista ao programa da RUM, Campus Verbal, António Ferreira, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga, lembra que algumas das viaturas de combate aos fogos são das décadas de 80 e 90, com um desgaste que influencia a prestação do socorro. “Precisávamos de substituir algumas viaturas de combate ao fogo. Têm uma enormidade de quilómetros, com muitas avarias, sobretudo quando vão para todo o terreno. E precisamos de uma viatura ligeira de combate aos fogos porque a que temos já é muito velha e está muito gasta. A rapidez na chegada a um determinado fogo, se for muito rápido pode ainda ser uma fogueira, se não pode ser um grande fogo”, explica. Por isso, o presidente deixa um apelo às empresas e desafia mesmo os empresários a oferecerem uma viatura destas aos bombeiros voluntários.

“O parque das viaturas vermelhas é o que está pior”. No que respeita a ambulâncias, os Bombeiros Voluntários de Braga acabam de adquirir mais duas, através de um empréstimo contraído à banca.

Bombeiros Voluntários de Braga realizaram cerca de 300 transportes de infectados e suspeitos de covid-19 desde o início da pandemia, todos encaminhados pelo INEM.

De norte a sul do país, as corporações lamentam que o INEM não tenha aumentado a verba correspondente a cada transporte, uma vez que os gastos neste tipo de serviço aumentaram de forma drástica, ao mesmo tempo que diminuiu o número de transportes não urgentes, importantes no equilíbrio das contas no final do mês.

Em entrevista à RUM, o Capitão António Ferreira, lamenta que o INEM não tenha reforçado o apoio financeiro. Todos os transportes exigiram um investimento avultado em kits de protecção e desinfecção, mas o valor atribuído por transporte aos bombeiros voluntários não sofreu qualquer alteração.


OIÇA AQUI A ENTREVISTA COMPLETA AO PROGRAMA DA RUM – CAMPUS VERBAL


Bombeiros Voluntários de Braga perderam cerca de 10 mil euros por mês desde o início da pandemia

Como consequência da redução do número de transportes efectuados, os Bombeiros Voluntários de Braga perderam aproximadamente 10 mil euros por mês, “uma verba muito importante”, assume.

Triplicar o número de sócios é objectivo para 2021

A Associação Humanitária continua a ter um número de sócios abaixo do esperado tendo em conta a população residente no concelho. “Lamento, mas ainda passa muito a mensagem que só se preocupam com os bombeiros na hora da aflição”, refere António Ferreira. Com a necessidade de requisição de transportes de doentes não urgentes, um sócio tem um desconto imediato de 30%. Actualmente são perto de 2400 os sócios da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Braga.

O Presidente dos Bombeiros explica que este ano a procura “não aumentou”, mas não vai ser lançada uma nova campanha de angariação de sócios. “Vamos tentar para o ano que vem. Também estamos dependentes do que acontecer no próximo Inverno”, acrescenta.

Triplicar o número de sócios é um dos objectivos para 2021.

Muitas pessoas pensam que é o Estado que fornece viaturas e equipamentos para os Bombeiros Voluntários

António Ferreira assume que muitos cidadãos pensam que é o Estado quem fornece equipamentos, viaturas e kits, e que essa pode ser uma das razões para não compreenderem a importância que pode ter uma ajuda de 12 euros por ano (quota para sócios dos BVB). “Nós se queremos viaturas, temos que as pagar”, atira António Ferreira que assume que ainda muitos portugueses têm uma ideia errada do funcionamento dos Bombeiros Voluntários. 

A 19 de Julho, a corporação vai inaugurar mais duas ambulâncias, ambas adquiridas via empréstimo bancário.

António Ferreira sublinha que desde 2016 – ano em que a sua direcção assumiu funções -, até então foi possível pagar as dívidas da associação, mas o final do mês “é sempre uma altura de aflição”. Ainda assim, o trabalho desenvolvido tem permitido “manter as contas equilibradas” ainda que nunca exista dinheiro para recorrer a um problema inesperado.

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Elsa Moura
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