Bosch de Braga dispensa trabalhadores por “estagnação” e “transformação tecnológica” do mercado automóvel

A multinacional alemã Bosch confirmou, esta segunda-feira, que houve uma redução de trabalhadores na unidade de Braga, num processo que “decorreu de forma estruturada desde o final de 2024”. Segundo resposta enviada à RUM, este “ajuste” é motivado por uma “estagnação” e “transformação tecnológica” do mercado automóvel.

A empresa sublinhou ainda que o processo de redução de colaboradores “está alinhado com a alteração no portfólio de produtos”. Refere também que ao longo deste período, os colaboradores e os representantes dos trabalhadores “têm sido regularmente informados sobre este processo”.

O posicionamento vem na sequência da denúncia realizada pelo Partido Comunista Português (PCP) sobre a redução nos diversos turnos de produção da empresa, desde o início do quarto trimestre de 2024. Aos microfones da RUM, o deputado Alfredo Maia, eleito nas últimas legislativas, apontou para o facto de a empresa estar a “violar de compromissos para com o Estado Português” nos dois contratos assinados através de Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal entre a empresa e a Universidade do Minho, que obrigaria a criação de cerca de 500 novos postos de trabalho, além da manutenção de outros 3.571, vinca.

O comunista afirmou ainda que o grupo parlamentar já solicitou um posicionamento do governo sobre o facto, para que este pudesse calcular “aqueles postos de trabalho, por um lado, e por outro, para fazer com que as contrapartidas que exigiu na negociação daqueles projetos, sejam concretizadas”. “Admito que tenha consequências no ciclo produtivo da empresa, que eventualmente podem ir além das consequências em Braga”, concluiu.

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Marcelo Hermsdorf
Marcelo Hermsdorf

Jornalista na RUM

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Sérgio Xavier
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