Braga Capital da Cultura do Eixo Atlântico é o ponto de encontro do noroeste

Durante o ano de 2020 todos os caminhos vão dar à Braga Capital da Cultura do Eixo Atlântico. Nas palavras do presidente da Câmara Municipal, Bracara Augusta será o “ponto de encontro do noroeste peninsular”.


Aos jornalistas, Ricardo Rio declarou que este título integra a estratégia do município de crescimento da cidade ao nível da cultura. O edil sublinhou a necessidade de “formar públicos e sensibilizar para a importância da cultura”.

Até Janeiro de 2021, mês que marca o adeus da capital, a organização espera acolher “muitos milhares de visitantes reforçando assim a sua inserção natural e histórica na euro-região”.

Para além de mover a economia local, este evento será uma oportunidade, principalmente para os mais jovens revelarem a sua veia empreendedora, com destaque para as indústrias criativas, das actividades de suporte às iniciativas culturais.

Para Ricardo Rio esta é também uma oportunidade de projecção da dinâmica cultural da cidade quer a nível nacional como internacional. “É um balão de ensaio para aquilo que são os projectos mais arrojados que temos pela frente, nomeadamente a Capital Europeia da Cultura em 2027”, refuta.

Cultura da euro-região pode chegar a 7 milhões de cidadãos

Xoan Mao, Secretário Geral do Eixo Atlântico, defende que ainda existe um longo caminho a percorrer no que toca à cultura. Segundo o responsável é necessária uma maior união entre fronteiras de modo a dar a conhecer aos “consumidores de cultura os produtores culturais do outro lado para assim criar um mercado de 7 milhões de utentes de cultura”.

Para além disso seria do interesse comum enviar esta vasta riqueza cultural para “países de língua oficial portuguesa, de incidência galega e de língua catalã. No fundo permitir que os nossos produtores e criadores culturais possam viver do seu trabalho”, sugeriu. Para Xoan Mao este é o único caminho para contar com uma “cultura rica, viva e forte”.



O Caminho de Santiago de Compostela é um exemplo da união entre a Galiza e Braga

O Conselheiro de Cultura da Xunta da Galicia, Román Rodríguez, defendeu que o maior elemento de coesão entre a Galiza e o Norte de Portugal tem de ser a cultura. “Num mundo tão competitivo é necessário criar espaços de convivência para criar projectos de futuro. Nós temos um futuro em comum. No Eixo Atlântico é a cultura o ponto em que queremos apostar”, afirmou.

O representante galego frisou o facto de existir uma identidade comum, com várias diferenças, que acabam por enriquecer as regiões no que toca ao património imaterial, nomeadamente, o Caminho de Santiago de Compostela considerado um “laço cultural e económico fundamental” para o fortalecimento da euro-região.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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