Braga. CDU alega que videovigilância vai criar falsa sensação de segurança

O vereador da CDU na Câmara de Braga diz que o sistema de videovigilância, que foi aprovado pelo executivo, na última reunião de Câmara, vai criar uma falsa sensação de segurança.
Em causa, está a instalação de 133 câmara de videovigilância, nas ruas do centro da cidade, mas também nas imediações da UMinho.
Vítor Rodrigues votou contra, por considerar que o sistema não é eficaz para dissuadir a criminalidade.
“A experiência que vem de outras cidades, até com dimensões maiores do que Braga, é a de que não foi devido à vigilância que se resolveu a questão dos assaltos e da segurança, criou apenas uma falsa sensação de segurança”, apontou, questionando ainda os lugares definidos para a instalação destes equipamentos. Além disso, o comunista lembra que “há coisas que nenhuma câmara de vigilância vai resolver, como as passadeiras mal iluminadas ou os passeios maltratados”.
Do lado do PS, Artur Feio acredita que em “algumas zonas da cidade, como o Monte Picoto, que são zonas bastante degradadas, há a expectativa, com esta videovigilância, que as pessoas sintam mais conforto em estar nestas zonas”. “Entendemos que é sempre um passo significativo, as grandes cidades têm tido esta opção clara e óbvia e, portanto, Braga se quer ser uma cidade grande e uma grande cidade tem que também acompanhar estes modelos de gestão mais urbanística”, acrescentou Artur Feio.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, referiu que “este não é um projeto isolado”. “Famalicão já está a avançar também com este projeto, Guimarães também o tem assumido como um desiderato, temos falado com o Barcelos e agora seguramente falaremos também com Viana do Castelo, no sentido de tentar estruturar um projeto integrado para estas cinco cidades, no sentido de podermos submeter uma candidatura a financiamentos comunitários que nos permitam acelerar a concretização deste projeto”, disse o autarca.
Em Braga, o objetivo é “avançar com os procedimentos de contratação para que a videovigilância seja uma realidade no terreno tão cedo quanto possível”.
Tal como a RUM tinha noticiado, na primeira fase serão colocadas mais de 70 câmaras, “para proporcionar as melhores condições de bem-estar e segurança aos munícipes e turistas”. Na segunda fase, serão colocados mais 33 equipamentos e na última fase acrescem 18. Depois de um trabalho conjunto, ao longo do último ano, as duas entidades já definiram os locais onde serão instaladas as Câmaras: Mercado Municipal, Rua do Souto, Praça da Galiza, Largo de São Francisco, Rua D. Pedro V, Rua Quinta da Armada, Rua Andrade Corvo, Rua Nova de Santa Cruz, Rua do Vilar, Rua dos Lusíadas, Praça Alexandre Herculano, Avenida General Norton de Matos, Rua D. Paio Mendes, Rua D. Frei Caetano Brandão, Praça do Município, Praça Conde de Agrolongo, Praça da República, Avenida Central, Avenida da Liberdade Rua dos Bombeiros Voluntários, Largo da Senhora A Branca, Rua D. Gonçalo Pereira, Largo de São João, Rua D. Afonso Henriques, Estádio 1º de Maio, Fórum Braga, Rua Doutor Francisco Pires Gonçalves, Rua da Fábrica, Rua de São Marcos, Largo Carlos Amarante, Rua do Raio, Largo da Estação, Rua D. Diogo de Sousa, Largo de Santiago, na Rua Gabriel Pereira do Castro, Largo Paulo Orósio, junto ao Arco da Porta Nova, Rua do Farto, Complexo Desportivo da Rodovia, Parque do Picoto, Parque das Camélias e Parque da Ponte.
