Braga e as licenças para construção de supermercados em zonas lotadas

A cidade de Braga continua a crescer e o número de superfícies comerciais a aumentar, mas a localização das mesmas começa a gerar alguma preocupação. Mais habitantes na cidade, mais viaturas em circulação e novas zonas críticas. Será que o município tem sabido dar conta do recado? No Programa Praça do Município, alguns dos comentadores acham que não. O assunto foi levantado este sábado,na RUM, por António Lima.

Na opinião do comentador afecto ao Bloco de Esquerda, António Lima, há um contrassenso na CMB, que tem uma equipa técnica especializada a elaborar um plano relativo à mobilidade na cidade. “É um bocado antagónico, com tudo o que se tem dito e se ouviu, nomeadamente dos técnicos que estão a elaborar esse plano. Uma, é a notícia de construção de médias e grandes superfícies praticamente no perímetro urbano. Isto vai contra todas as regras da mobilidade. Essas superfícies comerciais deveriam ser sempre na periferia porque atraem sempre muito trânsito“, atirou, referindo-se ao terreno junto ao Nó de Infias e à zona de Lamaçães, tendo em conta o excesso de trânsito automóvel.

“Não tem havido vontade política” – Jorge Cruz

Jorge Cruz concorda com o comentador bloquista e alerta para a zona do Mercadona onde está já em fase avançada de construção um outro supermercado, o Aldi. “Não sei o que é que se passa. Aquela zona está completamente sobrecarregada e continuam-se a permitir mais grandes superfícies naquele lado. Por outro lado, temos o problema gravíssimo do Nó de Infias e está lá uma construção a nascer, o que vai dificultar ainda mais a resolução do problema. Não tem havido vontade política, o que tem havido é um discurso agradável”, condenou.

Município não pode inviabilizar instalação de médias superfícies por causa do PDM, esclarece João Granja

João Granja assume que a elaboração de um plano de mobilidade participado é positivo e reconhece que a construção de grandes superfícies em Braga “devia ser repensada”, mas “não há dinheiro para um investimento sério sobre a mobilidade”. O comentador explica que no caso das médias superfícies, o município fica de mãos atadas. “Aquilo que me dizem é que há espaços onde os empreendedores podem solicitar a sua instalação e o município não tem poder para inviabilizar a sua instalação, desde que sejam médias superfícies”, começa por explicar. “O município não pode fundamentar uma recusa da implantação com base numa opção estratégica, isto tem que ser feito em sede de PDM”, continua. O comentador social democrata reconhece que na última revisão do PDM, o município “devia ter criado uma norma restritiva em relação a essa matéria”.

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