Braga. Oposição saúda trabalho na corrida à CEC 27 e pede continuidade

Os partidos da oposição no executivo municipal de Braga lamentam que a cidade não tenha conquistado o título de Capital Europeia da Cultura 2027, mas consideram que Braga está agora “no caminho certo” para investir mais nesta área, sem desperdiçar o trabalho realizado ao longo deste processo.

Os socialistas reconhecem que a expetativa “era grande”, e que depois da deceção é preciso “olhar para o trabalho de excelência que foi feito, assim como a dinâmica implementada”. “Acreditamos todos que estão lançadas as sementes”, afirma de forma convicta quando auscultado pela RUM.

O vereador da oposição considera ainda que o anúncio das capitais portuguesas da cultura até 2027 – Braga em 2025 -, “é uma forma de suplantar esta desilusão”, permitindo “levar a cabo um conjunto de iniciativas e de projetos que faziam parte desta candidatura” e que “podem e devem ser implementados na cidade e colocar Braga um pouco mais à frente no ponto de vista cultural”.

CDU elogia trabalho realizado em Braga e avisa que o investimento “não pode voltar para trás”

Além de também saudar o trabalho desenvolvido pela equipa responsável pela candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura, a vereadora da CDU, Bárbara de Barros assinala o investimento realizado neste último ano. “Sublinhar a importância do processo que foi aberto, desde logo com a primeira estratégia cultural de sempre para a cidade de Braga. Esperemos que a estratégia 2030 seja a porta de entrada para aquele que já tem sido o investimento reforçado na cultura, e que também já não víamos há algumas dezenas de anos”, começa por argumentar. A vereadora comunista elogia “o caminho de auscultação, de democratização da produção e fruição culturais na cidade”, defendendo que “seja este o legado” daqui em diante.

Sublinhando que há trabalho a fazer daqui para a frente, Bárbara de Barros avisa que “o investimento não pode voltar para trás”. É preciso colocar a cultura “no centro do desenvolvimento deste território”. A vereadora comunista elogia também o anúncio das capitais culturais portuguesas.

BE lamenta resultado e reconhece trabalho “extraordinário” da equipa que liderou o processo

Em comunicado enviado à RUM, a coordenadora do Bloco de Esquerda de Braga também lamenta o resultado.

“Naturalmente, desejaríamos que Braga tivesse sido a cidade escolhida”, aponta a coordenadora liderada por Alexandra Vieira que, em simultâneo, reconhece publicamente “ o extraordinário trabalho de organização e preparação efetuado pela equipa com a coordenação de Cláudia Leite”.

“Apesar de Braga não ter sido a cidade escolhida, há todo um trabalho efetuado em prol da cultura que pode e deve ser posto em prática na medida dos possíveis pela autarquia”, conclui.

Na mesma nota, os bloquistas de Braga saúdam a cidade de Évora pela escolha.