Braga quer as empresas a ajudar na redução da circulação automóvel

Nos últimos três anos, a cidade de Braga conseguiu concretizar 70% dos objetivos do desenvolvimento sustentável, mas precisa de reduzir as emissões de carbono por via da mobilidade.

Esta quarta-feira, na sessão ‘Sustentabilidade Empresarial de Braga’ dirigida às empresas do concelho e promovida pela InvestBraga, Hélder Costa, do gabinete de apoio à presidência do município, fez o ponto de situação, reconhecendo que o tráfego automóvel é um dos problemas identificados que não se resolverá apenas com medidas municipais.

Explicando que o município “está muito à frente” no que diz respeito às políticas traçadas pelo plano de desenvolvimento sustentável com “perto de 70% de concretização”, Hélder Costa admitiu que este esforço é visível ao longo dos últimos três anos.

Uma das principais preocupações está relacionada com a necessidade de reduzir os níveis de poluição que tem aumentado nos anos mais recentes, fruto da intensificação do uso automóvel em Braga. Para isso, o papel das empresas não pode ser descartado, segundo aquele responsável. Na sua apresentação, Hélder Costa adiantou que este crescimento de emissões de carbono por via da mobilidade e do transporte, nos últimos cinco anos, “merece a atenção do município e das empresas”. Por isso, defende que o município “pode desenvolver muitas ações individualmente e criar algum impacto, mas nunca vai gerar o impacto necessário se não envolver outras partes interessadas como o tecido empresarial”.


Entre as prioridades para os próximos anos no concelho de Braga, Hélder Costa realça que a energia, a mobilidade, a gestão de resíduos e gestão da água são dos temas mais referidos pelas empresas e instituições inquiridas.

Segundo o responsável, o modelo estratégico desenvolvido pela autarquia de Braga passa pelo relatório de sustentabilidade e o plano para o desenvolvimento sustentável, que se encontra em fase de estudo com a UMinho, através do Instituto de Biosustentabilidade. Contudo, há tendências internacionais que vão ter influência no concelho. “Somos cada vez mais no Planeta, e esses cada vez mais no Planeta necessitam de consumir cada vez mais energia, recursos naturais. Por exemplo, em 2010 em Braga tínhamos 2,5% de residentes estrangeiros, em 2020 já estavam à volta dos 5%. Há aqui uma dinâmica de urbano rural em Braga e, portanto, se esse impacto é positivo ou negativo, temos de perceber de que forma é que o podemos resolver”, acrescentou.


Hélder Costa, esta quarta-feira, na sessão organizada pela InvestBraga junto das empresas do concelho a propósito da sustentabilidade empresarial de Braga. A mobilidade é uma das preocupações centrais. Na opinião deste responsável do gabinete de apoio à presidência, as empresas, em articulação com o município, têm uma palavra a dizer no que respeita ao desincentivo ao uso do automóvel.

O município de Braga passou a integrar diferentes redes internacionais tendo em vista os objetivos do desenvolvimento sustentável.

Indústria, inovação e infraestruturas, trabalho digno e crescimento económico, erradicar a pobreza, erradicar a fome, garantir uma educação de qualidade, promover a igualdade de género, são alguns dos dezassete objetivos do desenvolvimento sustentável.

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Elsa Moura
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