Braga vai acolher 50 crianças e jovens refugiados através da Adolescere

Em Braga, a associação Adolescere, prepara-se para receber em Setembro, um grupo de dez famílias refugiadas monoparentais. É o primeiro passo solidário de acolhimento de crianças refugiadas, mas há um outro projecto em curso que visa o acolhimento, em Outubro, de 25 crianças e jovens refugiados não acompanhados que se encontram na Grécia. A novidade foi adiantada em primeira mão à RUM:
Os dois grupos de refugiados ficarão instalados em duas casas no centro da cidade.
Segundo Carla Fernandes, a Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente irá acolher, em Outubro, 25 crianças e jovens “em situação de refugiadas e de não acompanhadas”. O processo de manifestação de interesse foi iniciado em Junho. Para as receber, a casa identificada no centro da cidade “necessita de obras”, e a responsável desafia a sociedade civil e as empresas a apoiar este projecto solidário com a doação de materiais, prestação de serviços e outros donativos.
Portugal foi o primeiro país a oferecer-se em resposta ao pedido que foi dirigido aos estados-membros pela Grécia. Comprometeu-se a acolher 500 crianças e jovens refugiados não acompanhados vindos da Grécia até 2021.
Os projectos de acolhimento de crianças e jovens refugiadas são desenvolvidos em parceria com a Segurança Social e com o alto comissariado para as Migrações.
Já no próximo mês de Setembro está prevista a chegada a Braga de 30 cidadãos refugiados, acrescenta a responsável da Adolescere. “Vamos receber um grupo de dez famílias monoparentais femininas, de mulheres muito jovens, refugiadas também, e com crianças menores. Já temos casa e já fizemos as obras, está tudo preparado para as receber”, detalha.
A directora da Adolescere assume que são projectos “muito desafiadores” em que a associação terá que “providenciar a integração profissional e escolar, além do acompanhamento social e psicológico, assim como a formação parental e educação para a gestão de orçamentos”. A Associação já assegurou apoios do Município de Braga e da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade.
