Braga: venda a retalho segue tendência nacional
O sector a retalho continua com quebras face a 2019, mas Braga está a seguir a tendência do resto do país e desde Junho que as vendas estão a aumentar. Segundo o director-geral da Associação Comercial de Braga, as vendas no comércio a retalho em Braga “aumentaram 20% de Junho para Julho” deste ano, ainda que as quedas sejam acentuadas face a 2019.
“Em Braga aconteceu um desempenho interessante, um bocadinho à semelhança do que está a acontecer no país”, analisa. Ainda assim, Rui Marques sinaliza que “o mês de Junho de 2020 face ao mês de Junho de 2019 registou uma quebra da ordem dos 6% a 8%”.
Ainda sem dados oficiais de Agosto, Rui Marques admite que “face ao movimento com alguma expressão de emigrantes e de turistas sobretudo espanhóis”, aquilo que são as projecções é que “o mês de Agosto vai voltar a ter uma melhoria, mas parece-nos que ainda vamos estar em quebra face ao Agosto de 2019”, continuou.
A incógnita está nos meses seguintes. Prevê-se um mês de Setembro já praticamente sem emigrantes ou turistas. Comparando com os restantes países europeus onde a crise sanitária se está a agravar, Rui Marques alerta para a “possibilidade de uma nova retracção do desempenho do comércio e dos sectores que ligam mais directamente com o consumidor final”.
O director-geral da ACB não acredita que a queda nas vendas seja tão expressiva como no primeiro confinamento e apela ao Governo que tome medidas “mais restritivas” que as actuais, se o número de novos casos subir de forma considerável, mas que o encerramento nunca seja opção. Recorde-se que esta segunda-feira o Primeiro Ministro admitiu que um novo confinamento geral seria fatal para muitas emrpesas. “Com os estabelecimentos a funcionar, as quebras serão sempre menores do que fechar portas, mas é difícil para as empresas continuarem a aguentar estas quebras”, notou Rui Marques.
Com tantas quebras face ao ano anterior, o director-geral da ACB reconhece que “pode haver um aumento muito significativo de insolvências e de empresas em situação economicamente muito difícil”.
