Bragacine regressa com olhos postos no reconhecimento local

O Bragacine – Festival Internacional de Cinema Independente de Braga está de regresso esta quinta e sexta-feira, dias 19 e 20, com a apresentação de filmes, entre longas e curtas-metragens, livros, homenagens e uma evocação ao recém-falecido actor Sean Connery. Este ano, o evento tem prevista a sessão de abertura na Livraria Centésima Página e a de encerramento numa das salas de cinema do Nova Arcada, enquanto as restantes serão transmitidas online, no site e no facebook oficial do Bragacine. 


Prevê-se a apresentação de nove filmes, de oito curta-metragens (inclui das escolas Filmógrafo/Avanca e Soares dos Reis) e de três livros, além dos Prémios Augusta Bragacine às obras a concurso e homenagens às actrizes Sofia Froes, Lúcia Moniz e Maria João Monteiro, ao realizador Carlos Coelho Costa, e ao cinematógrafo Francisco Vidinha e ao presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, Luís PedrosoDuas películas são do Lux Film Prize do Parlamento Europeu e outras duas em tributo ao actor Sean Connery (1930-2020). 

À 18ª edição, o festival apresenta um orçamento de 10.600 euros, 6 mil dos quais através de financiamento do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), 4 mil do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e 600 euros da Câmara de Braga.

Antes de dimensão internacional, festival precisa de ter “dimensão local”

A apresentação do programa aconteceu esta tarde, no espaço Blue Diamond dos cinemas Nova Arcada, e contou com a presença do director do festival, Artur Barros Moreira, do vereador do Turismo na Câmara de Braga, Altino Bessa, do presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, Luís Pedroso, e do técnico da delegação de Braga do IPDJ, Rolando Silva.

Todos, sem excepção, apontaram à necessidade de o festival “ganhar dimensão nacional e internacional”, sendo que o vereador do Turismo salvaguardou, antes disso, a importância de o evento ter “dimensão local”.

Altino Bessa referiu que a organização do Bragacine e a Câmara de Braga têm de encontrar “maior reconhecimento do trabalho que é realizado pelo evento”, alertando a organização de que é preciso “criar estratégias e apresentar propostas” para conseguir o objectivo de colocar o festival ao nível de outros nacionais como o Fantasporto ou o Curtas de Vila do Conde.

Registando que o Bragacine deve ser uma das referências da candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura 2027, o vereador disse que “pode estabelecer a ponte” entre o festival e a equipa que está à frente da elaboração da candidatura, contacto esse que Artur Barros Moreira confidenciou ainda “não ter acontecido”.

Abaixo, consulte o programa completo do Bragacine:


19 de novembro (quinta-feira)

17h00 | Exibição do filme “The Untouchables – Os Intocáveis” (1987), de Brian de Palma

19h00 | Abertura oficial, com a apresentação de três livros – “Fellini – Inevitabilidade da Arte”, de Anabela Branco de Oliveira, “Viagens pelo Éter – Um Cinema Após 2008”, de António Costa Valente (diretor do Festival de Avanca), e “NATO – Cooperação Internacional e o Combate ao Terrorismo”, de Artur Barros Moreira (diretor do Bragacine) -, seguindo-se a exibição das curtas-metragens ”Mapeamentos Intersectivos IV – Espelhos Monocromáticos” (2019), de Luís Miranda e ”Quatro Estações” (2019), de Carlos Coelho Costa, e do filme “Jouney’s End – A Última Jornada” (2018), de Saul Dibb

21h45 | Exibição do filme “A Pollock Painting With Blood – Um Quadro de Pollock com Sangue” (2020), de Rui António

24h00 | “Dr. No” (1962), de Terence Young

20 de novembro (sexta-feira)

15h00 | Exibição das curtas “Boca do Inferno” (2015), de Laura Seixas, ”Capacetes” (2020), de Gustavo dos Santos, “Blue 52”, de Catarina Nascimento (2020), e “Fellings of Infrastrutures” (2020), de Luna Castro, e do filme “Chaço 92” (2020), de Passos Zamith

16h30 | “Toni Erdmann” (2016), de Maren Ade

19h00 | Encerramento oficial, com homenagem a Sofia Froes, Maria João Monteiro, Carlos Coelho Costa, Valter Hugo Mãe e Francisco Vidinha, a entrega dos Prémios Augusta Bragacine e a exibição da curta ”Confinamento Descontente” (2020), de Rui Nunes e dos filmes ”Harriet” (2019), de Kasi Lemmons, e “Ma Vie de Courgette – A Minha Vida de Courgette” (2016), de Claude Barras

22h30 | Exibição da curta “Deathcember – Bad Santa” (2019), de Julian Richards, e do filme ”Daddy’s Girl” (2018), de Julian Richards

24h00 | Exibição do melhor filme e melhor curta dos Prémios Augusta Bragacine

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Pedro Magalhães
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Sara Pereira
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