Braval quer transformar 45 mil toneladas de resíduos urbanos em energia

A Braval quer desviar 45 mil toneladas de resíduos urbanos dos aterros e transforma-los em energia. A ideia não é nova, surgiu em 2008, mas a falta de apoios através de fundos comunitários tem atrasado a materialização desta unidade de valorização energética para resíduos.
Ouvido pela RUM, o diretor-geral executivo da Braval, defende que este projeto pode ser uma mais valia quer em termos ambientais como económicos para a região do litoral noroeste. Em primeiro lugar, esta unidade iria diminuir ou mesmo terminar com a deposição de resíduos em aterro. Em segundo, a transformação de 45 mil toneladas de “refugo”, iria significar um potencial quantitativo energético de 1 a 2 milhões de euros por ano. “É uma pena estarmos a desperdiçar esta oportunidade”, declara.
Pedro Machado frisa que a Braval “não vai continuar a colocar a cabeça na areia”, visto que as inúmeras iniciativas de sensibilização junto da população não estão a ter o efeito desejado. “Existem muitas pessoas que não estão para separar o lixo”, sustenta.
Dos resíduos que chegam nos contentores de lixo comum, a Braval apenas consegue separar o vidro e metal. Todo o cartão e plástico vêm contaminados o que faz com que o destino final destes resíduos seja o aterro.
“Temos de encontrar entre Braga e Guimarães um local para instalar uma unidade de valorização energética”, anuncia Pedro Machado que sublinha a importância de contar com o apoio do Governo central e das autarquias de Braga, Guimarães, mas também de Barcelos, Esposende, Caminha, Valença, Viana do Castelo e Vila Real.
Em cima da mesa pode estar a produção de energia elétrica, gás ou hidrogénio. Caso exista uma união do eixo litoral noroeste, será possível dar uma nova vida a mais de 300 mil toneladas de resíduos.
