BVB com cinco ambulâncias de socorro, limitados na resposta caso macas fiquem retidas no hospital

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Braga, Pedro Ribeiro, alerta que a sobrelotação da urgência do hospital local tem, por diversas vezes, obrigado à retenção de macas das ambulâncias dos bombeiros mais tempo que o desejável, antecipando que nalgum momento este cenário possa impedir a resposta a outros pedidos de socorro.
Em declarações à RUM, Pedro Ribeiro assume preocupação, uma vez que os bombeiros voluntários recebem sistematicamente pedidos do Centro de Orientação de Doentes Urgentes quando os voluntários contabilizam apenas cinco ambulâncias de socorro. “Se muitas vezes as ambulâncias estão no hospital, depois não podemos aceitar outros pedidos”, alerta. Na madrugada de quarta para quinta-feira foi o próprio comandante quem ficou três horas e quarenta e cinco minutos a aguardar pela libertação da maca da ambulância, mas diz que há outras situações registadas pelos Bombeiros Voluntários de Braga com tempos de espera de uma e duas horas, nas últimas semanas.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Braga admite que o próprio hospital pouco ou nada pode fazer para minimizar o problema nesta época crítica. “Às vezes só mesmo as nossas macas porque as cadeiras e macas do hospital estão todas ocupadas. Mesmo que a gente queira, não tem hipótese de libertar as macas dos bombeiros”, constata.
Entretanto, a Liga dos Bombeiros Portugueses volta a colocar em cima da mesa a possibilidade de cobrança de uma taxa no valor de 50 euros, nas primeiras duas horas de espera, aos hospitais se estes não libertarem os devidos equipamentos de transporte à chegada às urgências.
