Café-Concerto RUM by Mavy foi palco multicultural

O Café-Concerto RUM by Mavy foi o palco da sétima edição do Café Intercultural que se apresentou com o tema “Música com arte”, esta quinta-feira ao final da tarde, . A iniciativa, promovida pelo Município de Braga, surge no âmbito do projecto DiverCidade Braga – Uma Viagem Intercultural – que é financiado pelo FAMI – Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração. O Café Intercultural pretende criar um momento de encontro para as diversas comunidades migrantes que habitam na cidade dos arcebispos.

Cláudio Cacau é um dos exemplos. Trabalhou durante mais de vinte anos na área da educação no Rio de Janeiro. Há três anos decidiu atravessar o Oceano Atlântico para mudar de vida e rumou a Braga. Uma cidade que descreve como “aconchegante” e “sempre de portas abertas”.

À RUM, o agora músico confessa que Portugal foi uma escolha segura, nesta sua ambição de “experimentar algo diferente na vida”, visto que tem filhos em idade escolar. Já o facto de ter optado por Braga deveu-se ao seu amor pela música e às semelhanças que encontrou nesta arte.

O cavaquinho é um “instrumento extremamente importante para o samba” e a viola braguesa é semelhante à viola caipira que é utilizada na música sertaneja, no Brasil. Dois instrumentos que mexeram com Cláudio. “Está relacionado com a música que vem dentro de mim”, garante.

Quando chegou à cidade dos arcebispos relata que encontrou música em todos os cantos. “No centro ouvia os alunos da Universidade do Minho a ensaiar, jovens e idosos em grupo a tocar cavaquinho ou tambores”. O artista destaca ainda as sonoridades dos diferentes sotaques de locais e estrangeiros. “Sem dúvida que esta é uma cidade de sons”, afirma. Foi assim que nasceu a canção “Braga cidade dos sons”. Hoje diz sem hesitar: “sou bracarense”.

Numa tarde repleta de performances por onde “passaram” Caetano Veloso, Dulce Pontes, Fafá de Belém, Salvador Sobral, entre outros, Cláudio fez a ponte entre o Brasil e Portugal elencando as diferenças que separam os dois países na forma como olham para a cultura.

Ora, se o brasileiro é mais aberto à sua própria cultura e não tem receio de tocar e cantar pelas ruas. O português é mais “comedido”. Apesar da qualidade as pessoas são mais reservadas. “Está na hora do português descobrir que a sua música é das mais ricas do mundo”, declara.

Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, marcou presença na sessão. Para o edil, o Café Intercultural é um meio importante para estreitar laços com as comunidades que escolheram a cidade dos arcebispos como o seu novo lar. Estes cidadãos que já representam praticamente 10% da população são uma “mais valia”. Esta é uma oportunidade para ter um ponto de vista distinto sobre como Braga pode evoluir.

O autarca comentou também a canção “Braga cidade dos sons”. Ricardo Rio reconhece que o trabalho de Cláudio Cacau retrata na perfeição o que é ser bracarense.

“Violência contra as Mulheres Imigrantes” é o tema da 8ª edição do evento que terá lugar no Human Power Hub Braga, instalado no Edifício do Castelo, no dia 21 de Outubro, às 13h00.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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