Câmara de Braga cede mais espaço mas mantém preço de aluguer das bancas para feirantes

A vereadora Olga Pereira esclarece que a autarquia de Braga não aumentou os preços referentes ao aluguer das bancas por parte dos vendedores ambulantes de vestuário e calçado. Alguns feirantes, que se concentraram esta segunda-feira junto à câmara, não concordam com a tabela de valores, falando de uma subida que supera os 3 mil euros.
Com a mudança da alameda do Estádio Municipal para o sopé do Monte Picoto, foi atribuído um espaço de 25 metros quadrados a cada comerciante, continuando a cobrar cerca de 185 euros por ano, o valor relativo a dois metros quadrados.
Em declarações à RUM, a responsável pela pasta da Gestão e Conservação de Equipamentos Municipais refere que há feirantes “a pedirem 50 metros quadrados” e que só nesses casos a quantia sobe. “Tudo o que exceda os 25 metros quadrados terá de ser pago à parte. O custo dos 25 metros quadrados a mais corresponde a esse valor superior a 3 mil euros por ano”, acrescenta.
A feira de vestuário e calçado que se realizava na alameda do Estádio Municipal de Braga vai passar para o sopé do Monte Picoto e não para o mercado, que era o pretendido por grande parte dos feirantes, levando inclusivamente a uma ação judicial.
Eduardo José, um dos representantes dos vendedores, queixa-se de não ter sido ouvido neste processo, considerando que a autarquia “trata os ciganos como animais”. “Posso dizer que tive uma discussão grande dentro da câmara, na semana passada, com o braço direito da vereadora Olga. Quem foi notificado foi o povo não cigano”, lamenta.
A vereadora da Câmara de Braga contraria as acusações de discriminação e confidencia que recebeu “pedidos de alguns cidadãos de etnia para que os espaço dos cidadãos de etnia fossem separados dos espaços de cidadãos brancos”, algo que recusou.
