Câmara de Guimarães quer transferir processo de vacinação para centros de saúde

A vice-presidente da Câmara de Guimarães considera que está na altura de deslocalizar o processo de vacinação contra a Covid-19 para os centros de saúde. A intenção foi vincada esta quinta-feira, após a reunião de executivo municipal.
Com as atividades culturais a funcionarem em pleno, a utilização do Multiusos, local onde decorre a inoculação desde o início do processo, está a ser gerida de forma “complexa” e com “limitações”, de acordo com Adelina Paula Pinto. Durante a semana, de segunda a sexta-feira, a vacinação funciona da parte da manhã, sendo que, ao sábado e ao domingo, o espaço transforma-se para receber eventos.
Para a vice-presidente, trata-se de “um casamento que não é fácil de fazer”. “O Multiusos precisa de funcionar como sala de espetáculo, até por causa do desenvolvimento económico associado, e, ao mesmo tempo, não queremos deixar de dar resposta na área da saúde”, refere, esclarecendo que a autarquia não recebe qualquer apoio por parte do Estado.
De acordo com as indicações da Direção Geral da Saúde, o centro de vacinação terá de funcionar, pelo menos, até 19 de dezembro no Multiusos de Guimarães. Depois disso, se a terceira dose da vacina for alargada a outros grupos etários – para já está prevista apenas para maiores de 65 anos, além de pessoas com comorbilidades, profissionais de saúde e do setor social -, será necessário “encontrar outras soluções”, avisa Adelina Paula Pinto.
Em último caso passará por concentrar o processo “noutro espaço”, com mais disponibilidade. No entanto, a preferência da Câmara Municipal é alocar a vacinação aos centros de saúde. “Temos de convencer a DGS que as unidades de saúde devem assumir a vacinação contra a covid-19, como fazem com a gripe. Como provavelmente essa vacina vai fazer parte da nossa vida nos próximos anos, ela tem de entrar na lógica normal dos centros de saúde”, detalha, acrescentando que teria também a vantagem de haver “mais proximidade” com os cidadãos.
