Candidato do BE à CMG quer pelouro da ação climática para acelerar processos
O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Municipal de Guimarães (CMG) pretende criar um pelouro da ação climática para acelerar as iniciativas do executivo municipal tendo em vista a neutralidade climática do concelho até 2030.
O programa eleitoral está ainda em fase de construção, mas Luís Pinto Lisboa apresentou um conjunto de tópicos que os bloquistas consideram “determinantes” para atingir este objetivo.
À RUM, o bloquista explica que é preciso “promover deslocações a pé, de bicicleta e de transportes coletivos e a restrição do tráfego automóvel”. O aumento dos sumidouros de carbono são vistos como “essenciais” para garantir mais áreas florestais municipais. A redução de resíduos é outro dos objetivos. Entre as linhas orientadoras, o BE quer garantir uma transição energética “justa” e “combater a pobreza energética”. Entre as propostas consta ainda a criação da Entidade Municipal de Energia.
Na opinião do candidato bloquista, a câmara Municipal de Guimarães deve dar o exemplo, não só com a implementação de medidas, mas também com uma redução efetiva de emissões poluentes através dos seus serviços.
“É urgente criar o pelouro da ação climática e criar também a assembleia da cidadania para a ação climática, conseguir alcançar emissões zero dentro do setor municipal e capacitar a nossa administração local para a ação climática”, argumenta. Luís Pinto Lisboa justifica o pelouro da ação climática “para coordenar e concretizar a estratégia municipal para garantir a neutralidade climática de Guimarães até 2030 em estreita articulação com outros pelouros”. Na opinião da candidatura do BE, uma estratégia bem conseguida “será crucial para uma nova candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia”.
Luís Pinto Lisboa aponta o novo parque de estacionamento subterrâneo municipal como um “mau exemplo” da iniciativa pública. Apostado em “destruir a carrocracia”, o candidato refere que “muito do que tem vindo a ser feito pelo município promove ainda o uso do veículo pessoal”, apresentando como exemplo o Parque de estacionamento de Camões. A ideia do BE, diz, é que o centro da cidade de Guimarães seja “uma continuidade da casa das pessoas, com qualidade de vida e bem-estar”.
