Canil intermunicipal atrasado devido a licenciamento do serviço de incineração

O processo de licenciamento do serviço de incineração de animais de grande porte está a atrasar o projeto do Canil Intermunicipal. Recorde-se que o Canil Intermunicipal, que vai nascer na Serra do Carvalho, nos terrenos contíguos à Braval, irá funcionar em articulação com os CRO’S – Centros de Recolha Oficial de âmbito concelhio que existem na região do Cávado. A falta de verbas é outro dos desafios, de acordo com o presidente do conselho de administração da Braval, Rui Morais.
O dossiê está a ser discutido entre os seis concelhos do Cávado com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Direção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV).
“O projeto em parte está feito. Estamos agora numa lógica de perceber as necessidades, em termos de licenciamento para a incineradora. Logo que existam as condições firmadas por parte das entidades responsáveis, vamos avançar com o projeto final”, adianta aos microfones da RUM.
No caso de morte de bovinos, cavalos e outras espécies de grande porte, estes têm de ser enviados para Leiria. Ora, o responsável garante que este serviço está na base do investimento previsto para a Serra do Carvalho, sendo o canil complementar às respostas existentes nos concelhos do distrito.
“Estamos a tentar criar as condições necessárias para ter esta resposta complementar. Se conseguirmos também ter, na lógica de centro de recolha teremos, mas a base do investimento que sempre referimos, foi relativamente à problemática do óbito animal. Não tanto no centro de recolha para dar resposta ao abandono animal, esse continuará a ser dado pelos vários municípios”, frisa.
Contudo, o responsável assegura que haverá sempre algumas box´s disponíveis caso algum dos centros de recolha ultrapasse dificuldades ao nível da sua capacidade, porém, “nunca numa lógica de substituição”.
Entretanto, o CRO de Braga será alvo de obras para melhorar as condições e ampliar o número de box´s, por via dos fundos disponibilizados anualmente pelo ICNF. Neste momento, não está fechado o número de novas box´s.
“O objetivo passa por melhorar as condições para os animais quando estão fora do edifício para poderem passear. Numa lógica de não estarem fechados dentro do edifício”, refere.
