Casa de Saúde Bom Jesus não estará a dar informação clínica e formação a colaboradores

Segundo informações a que a RUM teve acesso, alegadamente, os colaboradores da Casa de Saúde do Bom Jesus não estão a receber a formação necessária para utilização de EPI’S – equipamentos de protecção individual-, nem estão a ser informados sobre o estado clínico dos utentes.
De acordo com uma denúncia feita à RUM, existem pelo menos duas utentes infectadas com o novo coronavírus na Casa de Saúde do Bom Jesus. A mesma fonte, revela que uma utente com mais de 70 anos terá acabado por falecer vítima da doença e acrescenta que os colaboradores nunca foram informados sobre o estado de saúde dos utentes. Alertam por isso que estão a prestar cuidados a todos os utentes de forma igual.
Outra das problemáticas denunciadas é referente à falta de formação dos profissionais no que toca ao vestuário de protecção e manuseamento de EPI’S. Há mais de um mês que os colaboradores aguardam por formações que são necessárias, uma vez que a instituição contratou novos trabalhadores.
Confrontada com as referidas denúncias, a Direcção da Casa de Saúde do Bom Jesus assegura , via e-mail, que “tem actualizado e implementado um rigoroso Plano de Contingência, desde o início do mês de Março, revisto no final do verão-antevendo a chegada de uma 2ª vaga”. Este plano, segundo informa, contempla “acções de formação e de sensibilização, para as precauções básicas de controlo de infecção, entre as quais se encontra a utilização correcta de EPI’s”.
Quanto à evolução da pandemia dentro de portas, a instituição informa, em resposta escrita à Rádio Universitária do Minho, que os dados epidemiológicos “são remetidos directamente à tutela”. A nível interno foram “definidos canais de informação entre todos os serviços, que têm sido usados para partilha de informação sobre a situação Covid, e as medidas que são tomadas pelo Gabinete de Superação”, remata.
Recorde-se que na primeira vaga da pandemia, em Março, a instituição gerida pelo Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, que acolhe e trata doentes do sexo feminino com patologias mentais, avançou à comunicação social local a existência de 40 casos de infecção pelo novo coronavírus num universo de 380 doentes e 300 funcionários.
