Causas do apagão, um evento “excecional e grave”, continuam em aberto um mês depois

O apagão que deixou a Península Ibérica sem eletricidade durante várias horas, considerado um evento excecional, continua sem causas definidas um mês depois, estando a decorrer várias investigações, mas trouxe ao debate a resiliência do sistema elétrico.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E, na sigla em inglês) anunciou a criação de um comité para investigar as causas do apagão de 28 de abril, que classificou como “excecional e grave”.

Este painel de peritos terá de elaborar um relatório factual que constituirá a base do relatório final até o prazo máximo de 28 de outubro deste ano. Já o relatório final sobre a investigação deverá ser publicado, o mais tardar, até 30 de setembro de 2026.

Existindo várias possibilidades em aberto, sabe-se que o corte generalizado de eletricidade teve origem em Espanha, tendo a Red Eléctrica, empresa que gere as redes de energia no país vizinho, apontado como a principal causa do apagão uma perda súbita de geração de energia solar durante 20 segundos, por volta das 11h30, que teve um efeito dominó e deitou abaixo todo o sistema ibérico de eletricidade, que está interligado.

Em Portugal, a investigação está nas mãos da sua congénere, a REN – Redes Energéticas Nacionais, que solicitou o adiamento da entrega do relatório, que terminava em 18 de maio, tendo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) alargado o prazo por 10 dias.

De acordo com o regulador, o pedido teve como objetivo permitir à gestora das redes nacionais recolher informação à qual ainda não tinha tido acesso, sendo agora a nova data limite para a entrega do relatório o dia 28 de maio.

Lusa

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Sara Pereira
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