CDS-PP acusa Governo de aplicar diferentes critérios no apoio às empresas

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, diz que o Governo “não aplica o mesmo critério” no apoio fiscal às empresas do país.

Em Braga, numa visita a empresas de montagem de estruturas de eventos – responsáveis pelas estruturas de feiras, congressos, festas populares, festivais de verão, entre outros -, o líder centrista assinalou que os empresários do sector “não podem contrair mais dívida”, defendendo assim mais acção por parte do Estado.

“São empresas que não podem contrair mais dívida, as linhas de crédito foram apenas um alívio temporário. O Governo não aplica o mesmo critério às empresas, porque para a TAP aparecem 1,2 mil milhões de euros, para o Novo Banco 850 milhões, e para estes empresários não há um cêntimo”, criticou.

O sector da montagem de estruturas de eventos emprega perto de 100 mil trabalhadores – os quais se encontram, na sua maioria, em regime de lay-off – e representa um volume de negócios de cerca de 750 milhões de euros. Desde o início da pandemia causada pelo novo coronovírus, grande parte da actividade ficou suspensa e não há prazo para a retoma.

Para apoiar o sector, o CDS propõe o prolongamento do lay-off simplicado até ao final do ano, a criação de um mecanismo de acerto de contas entre o Estado e as empresas, o deferimento do pagamento do IRC ou o aumento do valor das linhas de crédito a fundo perdido.

“As empresas devem manter os postos de trabalho sob pena de, terminado o lay-off em Julho, fecharem portas. O Estado tem de tomar uma opção: ou injecta liquidez e faz um choque de tesouraria na economia ou mais tarde vai ter de gastar muito mais dinheiro ao nível de prestações sociais com a certeza de que tem um tecido empresarial completamente destruído”, assinalou.

Ao lado do líder do CDS esteve presente Fernando Moreira, presidente da Associação Portuguesa das Empresas Construtoras de Stands (APECS). O responsável lembrou o prejuízo de muitos milhões de euros no sector, numa crise que “afecta 100 mil trabalhadores mas, com as famílias, ascende às 300 mil pessoas”.


O presidente da APECS revelou que muitas empresas já fecharam portas, outras estão a ficar sem liquidez, lamentando que “o cenário é para piorar, nunca para melhorar”.

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Pedro Magalhães
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Sara Pereira
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