CDS e Chega criticam fecho da urgência de obstetrícia do Hospital de Braga

A concelhia do CDS e a distrital do Chega mostram-se preocupadas com o encerramento do Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Braga nos fins de semana de agosto, num total de 11 dias. As duas estruturas tomaram posição sobre o assunto, através de comunicados, à imagem do que o PSD já tinha feito.


De acordo com o presidente da delegação dos democratas-cristãos, é “triste que um ano depois se volte ao mesmo assunto pelos piores motivos”, lembrando que aconteceu o mesmo problema em 2022. Altino Bessa culpa “a inoperância dos senhores do Governo” pelo facto de “a população deixar de ter uma resposta imprescindível”.


“É uma medida que se verifica grave e vai contra um direito fundamental que é o acesso equitativo à saúde. É totalmente inexplicável e incompreensível que se encerre um serviço de urgência na especialidade mencionada por falta de equipas médicas. Não há margem para dúvida”, atira.

Considerando que este cenário “também se associa ao fim da Parceria Público-Privada”, o líder da concelhia refere que, se não tivesse havido a reversão do modelo, “a autonomia da administração do Hospital de Braga seria outra na tentativa de alterar um contexto tão bizarro”. “Prezo a velha máxima que «Em equipa vencedora não se mexe». No caso do Hospital de Braga foram mexer numa PPP muito bem-sucedida. O resultado está à vista”, acrescenta.

“O hospital central do distrito devia socorrer os demais e não ser socorrido”

Uma delegação do Chega, formada por Filipe Melo, deputado na Assembleia da República, Carlos Barbosa e Paulo Pimenta, da distrital, e Filipe Aguiar, da concelhia, esteve reunida com a administração do Hospital de Braga.

Numa nota assinada pela comissão política distrital, é referido que, nesse encontro, ficou “demonstrada a incapacidade do Governo socialista em dar resposta adequada ao SNS nos seus recursos humanos, quer em termos remuneratórios, quer no preenchimento dos quadros, com uma clara falta de planeamento e gestão das valências”.

O partido diz que é necessário “triplicar” o número de especialistas – atualmente são 32 – alocados ao Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Braga. Por outro lado, assinala, ficou “patente a baixa autonomia da administração na retenção e valorização de quadros”. “Apesar não ser caso único no país, preocupa-nos porque o hospital central do distrito devia socorrer os demais e não ser socorrido”, alerta.


Ainda assim, revela que foi “assegurado por parte da administração que será um caso pontual e não se deverá estender a mais especialidades do hospital”.

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Tiago Barquinha
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