CDS sobre apoio a Portugal: “Governo tem que ter unhas para tocar esta guitarra”

Francisco Rodrigues dos Santos diz que é necessário “engenho e arte” para que o pacote de fundos comunitários aprovado para Portugal tenha impacto positivo no país. “Não é por um avançado ter umas boas chuteiras que faz necessariamente golos”, comparou o centrista. Ainda assim, Rodrigues dos Santos admite que, apesar de “estarmos excessivamente expostos à ajuda de Bruxelas, precisávamos deste apoio como de pão para a boca”. “Esperamos do Governo é que haja critério e fiscalização na atribuição destes fundos”, ressalvou.
Para o presidente do CDS o acordo só será positivo se o “Governo cumprir as prioridades que se impõe ao país”.
Portugal vai beneficiar de um montante de 15,3 mil milhões de euros para projectos a executar até 2026.
De visita a Braga, o líder centrista apontou alguns dos sectores que precisam de investimento para que o país ultrapasse a crise económica provocada pela pandemia.
“O Governo tem que ter unhas para tocar esta guitarra e as prioridades têm que estar muito claras. Tem que servir para salvar as empresas, manter empregos, ao mesmo tempo que se inicia um programa para recuperação das filas de espera nos hospitais e se apoia os sectores produtivos”, frisou o líder do CDS, acrescentando que “os portugueses esperam compreender como o dinheiro vai ser investido e só aí se pode dizer se foi ou não um bom acordo para Portugal”.
O CDS defende que Portugal deve “depender o menos possivel das soluções que a Europa encontra para o país”.
