CDU acusa Ricardo Rio de contribuir para especulação imobiliária em Braga

A CDU vai questionar a gestão da coligação Juntos por Braga, na reunião de câmara desta segunda-feira, sobre a colocação à venda de 1/3 do edifício do Castelo. O privado que o comprou em 2016 colocou o imóvel à venda por mais um milhão de euros que o valor adquirido. A vereadora da CDU considera que se trata de especulação imobiliária.
Aos microfones da Universitária, Bárbara de Barros assume que a CDU está “preocupada” com a notícia avançada na semana passada pela RUM. Recordando que em 2016 a CDU esteve contra a decisão de venda do imóvel a um privado, defendendo que fosse adquirido pela Câmara de Braga colocando-o ao serviço dos bracarenses, explica que “a verdade é que a CMB arrendou 500 metros quadrados por 60 mil euros por ano”. “Um edifício que depois disto vai ser vendido por quase o dobro do valor de aquisição, isto é uma clara manobra de especulação imobiliária. O município não devia ter perdido a oportunidade de em 2016 o ter adquirido”, explica.
Bárbara de Barros vai mais longe e sublinha que o município podia ter feito pelo menos um contrato com o privado quando ali instalou alguns serviços. “Podia ter aproveitado para fazer um contrato em que os 60 mil euros de renda por ano pudessem vir a descontar ao valor total depois do edifício que podia ficar, no final de determinado tempo, para a CMB”, sugeriu.
A CDU acusa o executivo liderado por Ricardo Rio de querer “mais uma vez, lavar as mãos da preservação da memória coletiva da cidade, preferindo deixar tudo nas mãos de privados”. Na opinião dos comunistas, a autarquia de Braga tinha várias opções para os equipamentos de Braga ao serviço dos bracarenses. “Este processo configura, mais uma vez, numa péssima decisão de Ricardo Rio no que respeita ao património e no que diz respeito aos usos públicos e coletivos que constantemente tem vindo a negar aos bracarenses”, continua. “O município contribuiu para este desfecho”, conclui.
