CDU apela à CMB para terminar com obrigatoriedade de horário para comerciantes da Praça

A vereadora da CDU apelou à coligação Juntos por Braga para que revisse o regulamento do Mercado Municipal, no que diz respeito à obrigatoriedade da presença dos comerciantes/produtores, de segunda a sábado, em horário alargado, na Praça. Na reunião de Câmara desta segunda-feira, a comunista lembrou que o incumprimento do regulamento pode resultar na aplicação de multas. Olga Pereira, vereadora que tutela o espaço, garantiu que em causa estão meia dúzia de pessoas e que não foi ainda aplicado nenhum processo de contraordenação.

Ainda assim, Bárbara Barros teme que os comerciantes desistam de vender neste espaço devido a esta imposição, algo que, por exemplo, já afastou alguns produtores que não quiseram transferir-se do mercado temporário para a Praça. Ao contrário de Olga Pereira, a vereadora da CDU diz que o número de vendedores desagradados “é considerável”. “As pessoas têm feito, com grandes dificuldades, uma gestão absurda do seu tempo pessoal e profissional, uma vez que têm que estar no mercado das 7h00 às 17h00 e ainda têm que ir para casa produzir”, lamentou Bárbara Barros. 

A vereadora da oposição criticou também “os valores desproporcionais” das contraordenações, que, segundo informou Olga Pereira, serão revistos. Bárbara de Barros diz que em causa não está fechar o mercado, mas dar “dignidade aos trabalhadores”.

O presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, garante que “o modelo de funcionamento do mercado é ajustado às circunstâncias”. “Acreditamos que o modelo que definimos era o mais útil e não queremos um mercado a funcionar a meio tempo”, acrescentou. O autarca garante que, por enquanto, “não há nenhum indicador que leve a acreditar que não se justifica o modelo em vigor” e, por isso, não haverá alterações. 

Rio adiantou também que estão a ser melhoradas as condições de trabalho dos produtores, ou seja, os vendedores que vão à Praça ocasionalmente.