CDU de Braga apresenta à CIM Cávado medida do passe inter-regional intermodal

Prossegue, na Assembleia da República, a discussão em sede de especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025. Nesse sentido, partindo da realidade dos territórios da CIM do Cávado e da região de Braga, o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República apresentou a proposta para a criação do novo Passe Inter-regional Intermodal.


A delegação da CDU de Braga apresentou, esta terça-feira, a proposta para a criação do novo passe. Em adição, a Assembleia da CIM do Cávado aprovou, na sua última reunião, a proposta apresentada reclamando que o Governo e a Assembleia da República concretizem esta medida. 

No final da reunião, o vereador da CDU em Braga, Vítor Rodrigues, contou aos jornalistas que “existe um acordo generalizado por parte da CIM Cávado e, até, da CIM Ave relativamente ao que está colocado em cima da mesa, não só no plano regional, mas alargando ao plano da Área Metropolitana do Porto”.

Vítor Rodrigues admitiui registar, assim, uma “abertura positiva por parte das CIMs”, mas alertou que lhes foi dito que “tem dee haver uma intervenção por parte do Governo para agilizar as questões que se prendem com a natureza operacional, orçamental e financeira, para tornar este anseio das populações possível”. O vereador da CDU acrescentou ainda que a aprovação da proposta em sede da discussão de alteração ao OE poderá ser “decisiva”.

Já o membro da Assembleia Municipal de Braga e dirigente do PCP, João Baptista, destaca a importância da aprovação desta medida para que deixem de existir “injustiças”. “Há toda uma sintonia com esta vontade, que não é só do PCP, mas sim das populações e toda a gente que sente uma injustiça por parte do tratamento diferenciado entre quem vive nas áreas metropolitanas de Lisboa e de Porto e quem vive na nossa região, que precisa ter dois ou três passes”, advertiu.

João Baptista aproveitou também para referir a diminuição da pegada ecológica e poluição. “Temos de tirar as pessoas dos carros e convidá-las a andar de transportes públicos e retirar milhares de carros das nossas cidades”, concluiu.


“Há contratos que têm que ser respeitados. Nós não podemos, de um dia para o outro, rasgá-los e fazer uma coisa completamente diferente”

Do lado da CIM Cávado, o secretário executivo intermunicipal, Rafael Amorim, alertou para os desafios que a integração deste passe traz em questões operacionais, financeiras e legais.

“Todos nós queremos, efetivamente, o melhor de todos os mundos e uma integração que seja o mais fluída possível. Nós e o Ave trabalhamos muito bem e temos uma ligação muito profunda: os dois tarifários são compatíveis, ou seja, uma pessoa vai com facilidade de Amares a Guimarães, pagando o passe normal com os 50% de desconto que nós temos. Ou seja, esse não é o problema”, explicou.

Para Rafael Amorim, a questão não se relaciona com a falta de diálogo entre as entidades, mas “com questões operacionais, financeiras, legais e administrativas”. Não podemos esquecer que, quando falamos deste tema dos transportes e daquilo que é interoperabilidade ou integração bilhética, é de ter a noção do seguinte: há contratos que têm que ser respeitados. Nós não podemos, de um dia para o outro, rasgá-los e fazer uma coisa completamente diferente”, destacou.

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Maria Carvalho
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