CDU levanta dúvidas sobre implementação do BRT em Braga

A CDU mostra-se apreensiva relativamente à implementação do Bus Rapid Transit (BRT) em Braga e reclama a divulgação dos estudos técnicos que suportam o projeto. Uma delegação da CDU, que incluiu a representante da coligação de esquerda na Câmara Municipal, esteve reunida com a administração da empresa municipal Transportes Urbanos de Braga (TUB), responsável pela implementação da rede.
Além da ligação entre o BRT e os transportes públicos existentes “ainda carecer de planificação”, Bárbara de Barros teme que “os trajetos das duas primeiras linhas demorem mais do aquilo que acontece hoje com os autocarros”. A comunista dá o exemplo da Linha Vermelha, que vai ligar a Estação da CP ao Hospital de Braga, passando pela Universidade do Minho. Mesmo com a “criação de mais paragens”, salienta que a duração estimada é de 50 minutos, manifestando, por isso, dúvidas sobre a sua “eficácia”.
O projeto do BRT apresentado pelos TUB prevê um total de quatro linhas, com uma extensão de 22,5 quilómetros. No entanto, para já, só metade – linhas amarela e vermelha – tem financiamento assegurado, 100 milhões de euros, através do Plano de Recuperação e Resiliência. Para as restantes – verde e azul – aguardam-se fundos comunitários.
“Esta é uma estratégia que temos vindo a alertar noutras áreas da política municipal, que é estar um pouco mais a reboque das estatégias europeias e fundos comunitários, ao invés de traçar estratégias próprias e aproveitar os fundos comunitários que sirvam essas estratégias”, refere.
Numa perspetiva mais global e alertando que o projeto “não foi discutido em sede de Assembleia ou Câmara Municipal”, a vereadora pede que o conteúdo dos estudos que o fundamentam sejam públicos, assim como as estimativas da viabilidade financeira da futura operação.
