Centenas de feridos em confrontos entre polícia israelita e manifestantes palestinianos

Há quatro dias consecutivos que os confrontos em Jerusalém provocam centenas de feridos. Esta segunda-feira de manhã, o palco foi o Monte do Templo, um dos lugares mais sagrados para os judeus.
A polícia israelita lançou gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento e os manifestantes palestinianos responderam com pedras e outros objetos.
Centenas de palestinianos ficaram feridos e foram levados de ambulância do local, avança a AFP.
“Há centenas de feridos nos confrontos”, dos quais cerca de 50 tiveram que ser hospitalizados, disse o Crescente Vermelho em declarações aos jornalistas.
Através de um comunicado, a polícia informou também que está a trabalhar para tentar conter a violência no Monte do Templo, mas também “em outros locais da Cidade Velha de Jerusalém”.
Os confrontos entre a polícia israelita e os manifestantes palestinianos já eram esperados esta segunda-feira porque celebra-se o feriado do Dia de Jerusalém.
Os conflitos dos últimos dias já levaram o primeiro-ministro israelita a dizer que não vai tolerar a violência. Na origem dos protestos está uma ordem de despejo a quatro famílias de um bairro em Jerusalém Oriental. A decisão sobre a expulsão estava marcada para este domingo, mas o Supremo Tribunal de Israel adiou a audiência.
Os quatro membros do Quarteto do Médio Oriente (ONU, UE, Estados Unidos e Rússia) manifestaram, no sábado, “profunda preocupação” perante os violentos confrontos em Jerusalém e pediu contenção às autoridades israelitas.
Também a Arábia Saudita, o Irão, a Tunísia, o Paquistão, a Turquia, a Jordânia e o Egito condenaram a atuação israelita.
O Papa Francisco apelou este domingo ao fim da violência em Jerusalém: “A violência só gera violência. Vamos acabar com esses confrontos”. Apelou ainda a todas as partes para que seja respeitada “a identidade multirreligiosa e multicultural da cidade santa e a fraternidade possa prevalecer”.
c/ SIC Notícias
