CG. Miguel Martins vai continuar a “garantir que a voz dos estudantes é auscultada”

Miguel Martins foi o eleito pela lista B, com o mote “resposta estudantil” à representação dos estudantes no Conselho Geral, órgão colegial máximo de governo e de decisão estratégica da Universidade do Minho. 

Num balanço do processo eleitoral, o candidato eleito fala num “conjunto de irregularidades”. “Desde o 

incumprimento em prazos processuais, à interferência flagrante da reitoria no processo com a remoção da nossa lona dos complexos pedagógicos”, enumera o estudante do mestrado em Geografia, considerando que “são situações inadmissíveis”.  

Em reunião da Comissão Eleitoral, esta quinta-feira, foi decidido que aquele órgão vai abrir um inquérito junto da UMinho para apurar o sucedido. 

Para Miguel Martins, a eleição é “extremamente ingrata e injusta, especialmente quando a lista B tinha tudo – Reitoria e AAUMinho – contra nós”. Portanto, conseguir eleger um representante é “uma vitória monumental”. 

“Mostra que a representação estudantil não nasce nem morre apenas na associação académica. Os estudantes independentes irão continuar a ter uma voz no Conselho Geral para garantir que os assuntos são levantados”, diz ainda. 

A abstenção diminuiu nestas eleições. Houve mais 745 pessoas inscritas nos cadernos eleitorais e, ainda assim, votaram mais 766 pessoas do que nas eleições de 2023, 70 delas na lista B. 

No entanto, uma abstenção de 90,3% é, para o representante eleito, “um facto que continua a marcar negativamente as eleições”, fenómeno que se poderá dever, acredita, à “falta de informação generalizada”. “Não quero responsabilizar os estudantes por esse facto, mas responsabilizo os próprios órgãos que não informam devidamente a comunidade estudantil da sua existência, infelizmente acredito que a grande maioria dos estudantes não saiba o que é o Conselho Geral”, aponta Miguel Martins. 


Para os próximos dois anos, o representante eleito pela lista B garante “continuidade” do trabalho feito nos últimos dois. “Iremos continuar a desenvolver esse trabalho de articulação e proximidade junto de toda a comunidade de forma a levantar os problemas, a procurar respostas e garantir que a voz dos estudantes é auscultada”, assegura. 

Os estudantes da Universidade do Minho têm quatro lugares no Conselho Geral. Três deles respeitam à lista A, de Luís Guedes, que recolheu 1382 votos. A lista B garantiu um mandato, o de Miguel Martins, com 526 votos dos estudantes. Registaram-se ainda 77 votos em branco. 

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Ariana Azevedo
Ariana Azevedo

Jornalista na RUM

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