Eleições Conselho Geral. Estudantes da Lista B “podem fazer toda a diferença”

Miguel Martins, o primeiro candidato da lista B para a eleição de representantes dos estudantes do Conselho Geral (CG) da Universidade do Minho (UMinho) afirma que é necessário “reforçar a presença de estudantes independentes” neste órgão de governo. Ocupa atualmente um dos quatro lugares reservados aos estudantes da UMinho no CG e pretende reforçar aquilo que diz ser a presença de alunos “independentes” no órgão colegial.


Em declarações à RUM assegura que é preciso fazer “mais” e “melhor” para defender os interesses dos estudantes.

“Infelizmente, vemos cada vez mais os problemas a agravarem-se, vemos a falta de respostas e um fechamento cada vez maior das instituições e a Universidade do Minho não tem sido exceção. O objetivo passa por continuar a desempenhar o trabalho que fazemos, sabendo que a nossa presença no órgão faz completa diferença. Eu nunca vi tanta intervenção de um estudante, neste caso de mim, a exigir respostas ao reitor para problemas que surgem, de falar com os estudantes e obter situações que queiram que sejam levantadas, e eu tenho feito sempre isso”, argumentou, acrescentando que mais estudantes da lista B resultariam num trabalho mais efetivo e impactante no CG.

A falta de condições infraestruturais e os custos de um estudante no ensino superior são algumas das questões levantadas pela candidatura da Lista B que considera também que um reitor deve ser “mais exigente”, nomeadamente perante o governo central, algo que, no seu entender, não se verifica atualmente.

Reitor deve pressionar a tutela


Na última reunião do CG dedicada ao orçamento da UMinho, Miguel Martins ofereceu simbolicamente um balde ao reitor Rui Vieira de Castro. Recordou o episódio para evidenciar que “existem [baldes] por toda a Universidade que mostram a falta das condições de infraestrutura, onde os estudantes têm aulas, onde os investigadores trabalham, onde os professores têm os seus gabinetes”.

Os custos da habitação também são fonte de preocupação da lista B e nesta matéria, Miguel Martins afirma que a reitoria é “incapaz de pressionar publicamente a tutela nesse sentido”. “Acho que é perfeitamente plausível e possível ter uma reitoria e ter um Conselho Geral que exija publicamente respostas para esta situação”, disse. Defende ainda que a UMinho aprove tetos máximos para mestrados e doutoramentos sob pena de “em poucos anos” poderem custar “milhares de euros” ficando inacessíveis para a população em geral.

“A Lista B não tem uma máquina por trás ao contrário da Lista A”


Miguel Martins vinca ainda que a lista B é uma lista “independente, sem uma máquina por trás”, lançando críticas à lista A, encabeçada por Luís Guedes, que é atualmente o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho. Considerando que neste ponto, as questões “éticas” deveriam ser “equacionadas”, vincou também que a lista B apresenta “estudantes independentes, interessados no dia-a-dia, estudantes dos mais diversos contextos, e que querem que no Conselho Geral sejam atendidos os problemas que marcam o dia-a-dia”. “Uma vitória para nós será sempre eleger uma pessoa, duas, três, quatro, a disputa é pelos quatro”, averbou.


Recorde-se que há quatro lugares reservados aos estudantes da Universidade do Minho na composição do CG.

Os primeiros quatro nomes da lista B são os seguintes: Miguel Martins, Bruna Alves, José Meireles e Jaime de Oliveira.

A campanha eleitoral está a decorrer até 17 de março. 19 de março é o dia definido para a eleição dos novos representantes do Conselho Geral da Universidade do Minho via plataforma evotUM. A este processo eleitoral, segue-se, mais para o final do ano, a eleição do novo reitor que irá suceder a Rui Vieira de Castro, de saída por limitação de mandatos. 

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Elsa Moura
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