Presidente do CG analisa denúncia de lista B que perdeu eleição por 47 votos

A Lista B, candidata aos representantes dos Técnicos, Administrativos e de Gestão no Conselho Geral (CG) da UMinho, que perdeu a eleição da semana passada, enviou ao Presidente do Conselho Geral um requerimento de revogação do despacho homologatório das eleições, alertando que a ata rubricada por Alberto Martins foi assinada sem que previamente todos os elementos representantes na última reunião da comissão eleitoral tivessem aprovado o texto final. A denúncia chegou à RUM pela voz da mandatária da candidatura encabeçada por Pedro Cracel, que perdeu o lugar de representante dos TAG para Luís Fernandes, da lista A, por uma diferença de 47 votos. 


Em declarações à rádio universitária, Fernanda Ferreira admite que “a votação está inquinada e o resultado falseado” uma vez que há “testemunhos” que elementos ligados à Lista A “andaram no próprio dia da eleição junto dos trabalhadores dos serviços da ação social, a induzir ao voto na lista a que ambos estavam associados”. “Essa circunstância é ilegal e temos noção de que isso pode ter inquinado o ato”, vinca a responsável que lança várias críticas à presidente da comissão eleitoral, alegando que as denúncias transmitidas pela lista B na última reunião da comissão não constam na ata que serviu de base para a homologação do ato eleitoral por parte do presidente do CG. Refere também que a mesma presidente da comissão eleitoral terá enviado a ata para todos os elementos tendo em vista a validação para envio ao presidente do CG sem que tivesse aguardado pela resposta da totalidade dos membros, nomeadamente do representante da lista B.

A alegada angariação de votos terá sido feita junto de trabalhadores “sem acesso a computadores” e “com especial vulnerabilidade” para os meios digitais, acrescenta Fernanda Ferreira. Nalguns casos, os trabalhadores nem sabiam ver se estavam nos cadernos eleitorais e que, também por essa razão, “dificilmente conseguiriam votar não recorrendo ao posto oficial da comissão eleitoral que esteve todo o dia apenas com uma pessoa”, aponta. “O posto de votação a que várias pessoas recorreram estaria localizado nos Serviços de Ação Social em Braga. Em Guimarães, a senhora da lista A foi lá pessoalmente e andou a induzir as pessoas a votar, no próprio dia da votação. Se fosse uma vantagem elevada, esta questão poderia não ter significado útil, mas não é o caso”, revela.

Fernanda Ferreira dirige várias críticas à presidente da comissão eleitoral, Isabel Ermida acusanda de permitir que fossem “omitidas na ata as reclamações apresentadas pelo representante da lista B”. “Para mim, aquilo não é uma ata, é um escrito particular da presidente porque ela fez o documento, mandou perto do jantar o documento às pessoas presentes, o nosso cabeça de lista, na hora, não teve acesso à ata e ele nem sequer chegou a ver”, pelo menos a tempo de conseguir enviar pedidos de correção.

Confrontada pela RUM a propósito da situação denunciada, a presidente da comissão eleitoral, Isabel Ermida, afirmou apenas que “uma ata não reproduz tudo aquilo que é dito numa reunião” e que o assunto foi “devidamente esclarecido” junto da lista queixosa que, ainda assim optou por dar seguimento para o presidente do CG, Alberto Martins. Também contactado pela RUM, o presidente do Conselho Geral da UMinho confirmou a receção do requerimento apresentado pela lista B, “o qual será apreciado dentro do prazo legal”.

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Elsa Moura
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Sara Pereira
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