CIAJG, Casa da Memória e Palácio Vila Flor reabrem esta terça-feira

Dois meses e meio depois de serem encerrados devido à pandemia, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), a Casa da Memória e o Palácio Vila Flor voltam a abir portas esta terça-feira. Até ao final do mês de Junho, a entrada é gratuita.
Integrando o plano de desconfinamento do município de Guimarães, os espaços pertencentes à cooperativa cultural Oficina estão a retomar a sua actividade presencial de forma faseada. Há cerca de uma semana, a Loja Oficina foi reaberta e agora é a vez dos edifícios supracitados, faltando apenas o Centro Cultural Vila Flor, o Centro de Criação de Candoso e o Espaço Oficina, ainda sem data anunciada.
Os horários de abertura dos três espaços coincidem, estando de portas abertas das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00. O Centro Internacional das Artes José de Guimarães e a Casa da Memória podem ser visitados de terça-feira a domingo e o Palácio Vila Flor de terça-feira a sábado.
Para o recomeço da actividade, a cooperativa, atendendo às regras emanadas pela Direção-Geral da Saúde, estabeleceu um conjunto de regras: o uso obrigatório de máscara, a desinfecção das mãos à entrada e um distanciamento social de 2 metros. Além disso, a lotação máxima é de dez visitantes, em simultâneo, no CIAJG e de 5 na Casa da Memória e no Palácio Vila Flor.
A circulação será feita pela direita e é proibido tocar nos objetos presentes no CIAJG e no Palácio Vila Flor. Já na Casa da Memória, tendo em conta o caráter interactivo da sua exposição, serão fornecidas luvas de uso obrigatório.
O director-executivo d’A Oficina explica que as alterações promovidas tiveram o objectivo de “criar um percurso em que as pessoas possam manter o distanciamento social, mas também o distanciamento da pandemia em si”. “Queremos que, quando entrarem nestes espaços, possam redescubrir os espaços. Eles vão estar sempre cómodos e atrativos para os nossos visitantes”, refere Ricardo Freitas.
A Oficina apresenta três exposições
A programação prevista para a primeira fase da reabertura incide na apresentação de uma exposição em cada espaço. No CIAJG, através do ciclo ‘Caos e Ritmo #1’ , de acordo com Ricardo Freitas, “será possível encontrar peças oriundas de diferentes épocas, lugares e contextos em articulação com obras de artistas contemporâneos, propondo-se uma remontagem da história da arte”.
Trata-se de uma exposição estrutura que reúne um conjunto de artistas com diferentes linguagens estéticas como Hugo Canoilas, Mariana Caló e Francisco Queimadela, Augusto Mesquitela Lima por André Príncipe, Susana Chiocca, SKREI, objetos da coleção de Arte Popular de Agostinho Santos, Franklin Vilas Boas, desenhando um círculo que enuncia um regresso a ‘Para Além da História’, exposição que fundou o Centro Internacional das Artes José de Guimarães em 2012.
No Palácio Vila Flor, situado no Centro Cultural Vila Flor, estará patente o trabalho ‘Transmissão’, que reúne obras fotográficas produzidas entre 2001 e 2017 por Patrícia Almeida. O director-executivo da Oficina explica que o objectivo é “lançar um desafio ao espectador, convidando-o a fundir-se com o olhar observador e atento da artista, materializado numa fusão de papéis, nos quais Patrícia Almeida e o receptor são levados a interrogar-se numa aprendizagem transformadora, face aos sinais do tempo”.
Já a exposição permanente da Casa da Memória, intitulada ‘Território e Comunidade’, pretende “dar a conhecer várias perspetivas da memória de um lugar”. “Neste espaço expositivo poderemos encontrar imagens, histórias, documentos e objetos que permitem conhecer diferentes aspectos da comunidade vimaranense através de um largo arco temporal: da Pré-História à Fundação da Nacionalidade, passando pelas Sociedades Rurais e Festividades e Industrialização do Vale do Ave, até à Contemporaneidade”, refere Ricardo Freitas.
As exposições patentes no Palácio Vila Flor e no CIAJG foram inaugurandas nos dias 6 e 7 de Março, sendo que no dia 11 todos os espaços culturais d’A Oficina foram encerrados. Por essa razão, pelo facto de “o público não ter tido tempo para usufruir” destes trabalhos, o director-executivo considera que se tratam quase de “reinaugurações”.
