CM Braga pede novo estudo à UTAD para avaliar 80 árvores sinalizadas para abate

A Câmara de Braga encomendou um novo relatório à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para avaliar o parque arbóreo do concelho. No total serão analisadas 250 árvores, à imagem do que aconteceu no primeiro protocolo.

Em causa, sobretudo, estão as árvores sinalizadas para abate pelos serviços do muncípio que não foram analisadas pelos técnicos num momento inicial, ou seja, cerca de 80, 70 das quais em São Vicente. Além disso, serão avaliadas mais 170 árvores, aproximadamente, de acordo com o contrato assinado.

Em declarações à RUM, Altino Bessa volta atrás e garante agora que, das 130 árvores sinalizadas pelos serviços camarários, todas foram ou serão “avaliadas de forma rigorosa pela UTAD”, à excepção de nove, que estavam em “elevado estado de deterioração”. “É por de mais evidente que essas árvores estavam em risco iminente e tinham de ser abatidas. Algumas delas até foram validadas pela UTAD numa avaliação apenas visual porque não era preciso mais do que isso”.

No primeiro estudo da UTAD, publicado em Abril, foram avaliadas perto de 40 das 130 árvores que estavam identificadas pela autarquia. O vereador do Ambiente explica que, na altura, não foi possível analisar mais porque “o plafond [de 250 árvores] esgotou-se”, tendo-se dado primazia a outras que não faziam parte da lista inicial. Desse relatório, resultou a recomendação da remoção e substituição de 39 árvores.

Ainda assim, a segunda apreciação não estava prevista. Segundo Altino Bessa, uma nova avaliação foi pedida porque “um determinado tipo de grupos, até políticos, lançou uma desconfiança enorme sobre as competências dos serviços camarários”. “Lamento que exista essa suspeita por parte de pessoas que só têm interesses políticos e não ambientais”, refere.

Quanto ao processo de avaliação das árvores, o responsável autárquico espera que a análise comece no início do ano e que “o relatório esteja concluído até final de Fevereiro”.