CMB altera regulamento do Mercado. CDU e PS pedem flexibilidade de horários

Apesar do executivo municipal ter aprovado, esta terça-feira, a redução das coimas aos operadores do Mercado Municipal, a oposição continua a não ver com bons olhos o regulamento vigente. O descontentamento não é novo e deve-se à obrigatoriedade dos comerciantes de marcar presença assídua no espaço.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, referiu que o município poderá abrir “uma ou outra” exceção em relação ao cumprimento integral do horário, mas sublinhou que o objetivo no mercado é “garantir o máximo de utilização durante o máximo de tempo, todos os dias”.
Artur Feio, vereador do PS, fala em “autismo relativamente ao funcionamento do Mercado e a um regulamento que não é de todo adequado à realidadem e às necessidades dos comerciantes-produtores”. Segundo o socialista, “os comerciantes que são produtores, têm que trabalhar as suas terras, têm que colher e têm que vender, e não conseguem aguentar o facto de ter que passar o dia todo no mercado, muitas vezes sem qualquer clientela”.
Para Bárbara de Barros a alteração para os comerciantes que ocupam lugares no terreiro, nomeadamente, para os do concelho que passam a ter locais fixos e um horário de abastecimento mais alargado é uma pequena vitória. A vereadora da CDU falou ainda do receio deste ser “um presente envenenado” e que as multas passem a partir daí a ser efetivamente cobradas. A comunista defende que nos dias de maior procura no mercado, ou seja, terças, quintas e sábados, os vendedores devem ter flexibilidade para gerir a sua atividade, marcando a diferença com os seus produtos frescos face aos hipermercados.
O Município de Braga aprovou em reunião de câmara esta terça-feira alterações ao regulamento do Mercado Municipal, que preveem, nomeadamente, a redução das coimas para valores entre os 500 a 600 euros. O documento contou com a abstenção dos vereadores do PS e CDU.
