CMB baixa impostos e abdica de dois milhões de euros de receita
O executivo municipal bracarense aprovou, esta segunda-feira, a descida dos impostos municipais, abdicando de dois milhões de euros de receita.
Na primeira reunião descentralizada do mandato, que decorreu no auditório da Junta do Vimieiro, foi aprovada por unanimidade a fixação da taxa de IMI em 0,33% em 2022, o que representa uma descida de 3% face ao ano em curso.
A CDU já havia proposto a descida deste imposto em julho, na altura recusada pela maioria por se estar num período eleitoral. Ainda que considere que o período eleitoral se mantém, devido às legislativas de janeiro, Bárbara Barros votou favoravelmente este ponto, por considerar a proposta “a mesma que a CDU levou a reunião em julho”. Já a redução da participação no IRS, que vai baixar de 4% para 3,75%, mereceu o voto contra da vereadora comunista. Bárbara Barros considera que “a repercussão que tem para as famílias é residual”. “Pouca gente vai sentir essa redução é um valor residual, com o qual o município devia ficar para investir na qualdiade de vida da cidade e do concelho”, acrescentou.
No que concerne à derrama, a taxa que incide sobre os lucros das empresas vai manter-se em 0,1% para as que têm um volume de faturação anual inferior a 150 mil euros e em 1,5 % para as que faturam acima desse valor.
O PS absteve-se por considerar que devia ser retirado o escalão para faturação até 150 mil euros. Aos socialistas foi dito que essa alteração necessita de “um regulamento específico”, que “ainda não foi elaborado, pelo que não vai ser possível para 2022”, mas que “será aplicado em anos futuros”.
O presidente da autarquia, Ricardo Rio, considera que neste momento é importante “injetar recursos nos orçamentos das famílias”, ainda que o município “canalize sempre os recursos a favor dos bracarenses”.
