PS e CDU denunciam humidade e calor nas salas de aula da EB/JI Aveleda

Relatos da Associação de Pais da Escola Básica (EB) e Jardim de Infância (JI) da Aveleda, que o Partido Socialista e a CDU deram a conhecer, dão conta de problemas infraestruturais no recinto escolar que, em alguns casos, leva os alunos a terem aulas nos corredores da escola. Um dos aspetos apontados por PS e CDU, esta segunda-feira, em reunião do executivo municipal, está relacionada com as temperaturas elevadas e excessiva exposição solar que se fazem sentir nas salas.
A socialista Liliana Pereira explicou que o “blackout” de que as janelas dispõem “não tapam suficientemente a exposição solar, nem previnem a entrada de calor”. Além disso, as janelas contam apenas com uma abertura no cimo, de cerca de 30 centímetros, mas “quando estão abertas as cortinas não podem estar fechadas”, ou seja, as crianças “ou têm calor ou demasiada exposição solar”. “A situação é de tal forma grave que, nos dias de maior calor, chegam a acontecer aulas nos corredores da escola”, apontou ainda a vereadora do PS.
Os socialistas denunciaram ainda “um parque infantil em elevado estado de degradação” e “humidade no Jardim de Infância, em todas as divisões”.
A última requalificação deste espaço escolar terá ocorrido há cerca de dez anos e para a vereadora da CDU “não tiveram em conta as circunstâncias de funcionamento da escola”. Foi, entretanto, “feita uma avaliação técnica que definiu que a escola não cumpria os critérios mínimos para uma requalificação”. Segundo Bárbara Barros, “chega a chover dentro do JI e, além da danificação, é um perigo iminente para a saúde das crianças”.
“Toda a resposta escolar da freguesia está condenada a questões de saúde e funcionamento normal da escola do ponto de vista da aprendizagem. Tem que haver solução pra aquelas crianças. Se não for possível avançar com uma requalifição total, é urgente um arranjo do telhado no JI e uma solução que permita, durante os meses de maior calor, às crianças e educadores ter as condições necessárias, nem que seja a instalação de equipamentos de arrefecimento. A educação deve ser uma prioridade”, apontou a comunista. Bárbara Barros prevê ainda que a continuar com as condições estruturais deficientes, no futuro, a escola poderá ter “menos inscrições e podendo estar em causa o encerramento de escolas”.
Câmara lança empreitada para resolver infiltrações no Jardim de Infância
Parte dos problemas têm já uma solução à vista, mas a questão da climatização no interior das salas de aula é o mais difícil deles todos. De acordo com o presidente da Câmara, Ricardo Rio, esta é uma questão relacionada com problemas infraestruturais de raiz, “muito difíceis de corrigir”. O autarca aponta “erros de conceção de obra que são quase impossíveis de retificar sem haver uma nova construção”.
Quanto às infiltrações no Jardim de Infância, Rio diz que podem estar também associadas a “algumas práticas que deveriam envolver os próprios funcionários, nomeadamente para abrir as janelas, e nem sempre é fácil disciplinar os colaboradoes”. “Face às consequências, nomeadamente a queda de uma parte do teto, estavamos a pensar fazer uma reparação com meios do município, mas terá que ser lançada uma empreitada, que deverá decorrer em período não letivo”. O parque infantil, fez saber o autarca, será requalificado pela Junta da União de Freguesuas de Celeirós, Aveleda e Vimieiro, que recebrá um apoio, a aprovar na próxima reunião de Câmara.
De acordo com a vereadora da Educação, Lídia Dias, “o município tem procurado minimizar e resolver, dentro das suas possibilidades, os problemas”. “Temos que priorizar e ir às escolas que necessitam de uma intervenção maior, mas Aveleda não está esquecida”, referiu.
Bárbara Barros apresentou ainda uma proposta da Associação de Pais, tendo em vista uma solução imeditada para a questão do sobreaquecimento das salas, nomeadamente a aquisição “de dois ou três ares-condicionados”. O executivo vai analisar a proposta, mas aponta, desde já, alguns entraves, ligados à capacidade elétrica da escolas e questões de saúde.
Presidente da CMB garante que ninguém foi proibido de entrar na Escola da Aveleda
A propósito da visita à Escola Básica da Aveleda, o PAN diz ter sido impedido de entrar nesta escola, devido a “motivos políticos”, uma posição que Ricardo Rio quis esclarecer na reunião de Câmara desta segunda-feira, assegurando que a autarquia não proibiu “ninguém de entrar no recinto escolar”, não tendo, no entanto, recebido nenhum pedido formal para a visita. Declarações confirmadas pela vereadora da CDU, Bárbara Barros, que reuniu à porta da escola, no sábado, por não ter pedido atempadamente a autorização necessária para a visita.
