CMB quer comprar S. Geraldo “ainda este mandato, se houver condições financeiras”

A Câmara Municipal de Braga pretende adquirir o edifício do antigo cinema S. Geraldo, nos próximos anos. O autarca, Ricardo Rio, não nega a possibilidade de avançar com a compra ainda este mandato, se houver condições financeiras para isso.

Recordo que, desde 2017, a autarquia paga uma renda mensal de 12.500 euros à Arquidiocese de Braga, proprietária do edifício.

O tema foi levado a reunião do executivo municipal, esta segunda-feira, pelo Partido Socialista, que manifesta preocupação com algumas cláusulas do contrato, nomeadamente associadas à programação, que será articulada com a Arquidiocese. Para Adolfo Macedo, poderá estar em causa uma “programação censurada”. 

Na resposta, Ricardo Rio admite que há efetivamente “uma cláusula, que foi imposta pela Arquidiocese, mas não haverá um controlo do evento”. “Haverá uma programação feita num espírito de colaboração, enquanto a Arquidiocese for proprietária do espaço”, acrescentou.


Com uma validade de dez anos, até 2027, o PS quis saber se a renovação do contrato estaria assegurada, dado o investimento que ali será feito. O autarca explicou que o objetivo da Câmara “é, a curto prazo, adquirir quer este edifício, quer o do Pé Alado”, que fica localizado no Largo Carlos Amarante. “Se houver condições financeiras”, a aquisição do S. Geraldo poderá ainda acontecer “este mandato”, admite Ricardo Rio, garantindo que o edifício do Pé Alado, no valor de 1,5 milhões de euros, será “garantidamente” comprado ao longo dos próximos quatro anos.

O valor do edifício do antigo cinema S. Geraldo será “superior”,  mas, explicou Rio, ainda não é possível apontar valores, sendo necessário, para isso, realizar uma avaliação. Ainda assim, garantiu o presidente da Câmara, parte do valor da mensalidade que está a ser paga (12.500 euros) será abatido, no momento da aquisição.


Media Arts Centre terá um piso superior com capacidade para mais de 500 pessoas


 O vereador da oposição, Adolfo Macedo, lembrou que a Câmara paga 12.500 euros mensais e não entende como é que quatro anos depois, o projeto do Media Arts Centre ainda não é conhecido. “Ao fim deste tempo todo parece que já há um projeto, mas o que é certo é que ainda não foi visto. O que aconteceu nos últimos quatro anos para que o projeto fosse feito?”, questionou.

Segundo o autarca, “o projeto teve várias etapas, foi feita uma memória descritiva inicial, foram equacionadas três ou quatro possibilidades, foi feito um estudo de outros equipamentos semelhantes nacionais e internacionais, foi feito um trabalho de referenciação de necessidades para esta unidade e, a partir daí, foi feito o projeto”. Neste momento, serão realizadas sondagens para garantir a viabilidade do projeto e a sustentabilidade do edifício, seguindo depois, já no segundo trimestre de 2022, para a especialidade, devendo a obra avançar depois do segundo semestre.


Em causa, revelou Ricardo Rio, está um “projeto bastante arrojado”, que aponta para a construção de mais um piso, com capacidade para mais de 500 pessoas. A sala atual será reconfigurada, haverá um aproveitamento do balcão, que poderá ficar consignado a exibições cinematográficas. “O que se pretende é que quer a sala base, quer o novo volume venham a ser salas multifacetadas para todo o tipo de espetáculos”, acrescentou.

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Liliana Oliveira
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