CMB vai sugerir ao próximo governo apoios para combate local à pobreza energética

A Câmara Municipal de Braga vai sugerir ao próximo Governo que direcione para as autarquias fundos que permitam agilizar apoios às famílias para melhorar a eficiência energética das suas casas.

Esta terça-feira, à margem do lançamento da 2ª edição do Programa Municipal de Combate à Pobreza Energética, com uma dotação global de meio milhão de euros, Ricardo Rio admitiu que a exequibilidade e rapidez deste programa local aliada a mais apoios permitiria ajudar muito mais famílias carenciadas. Só em 2023 a autarquia apoia 200 agregados familiares e pretende alargar a ajuda a outros tantos com o prolongamento da iniciativa.

“Meio milhão de euros representa um valor muito consideravel no orçamento municipal, mas este programa com as mesmas condições e com pouco mais destes recursos, poderia ser dirigido a um universo muito maior se tivéssemos qualquer apoio dos organismos nacionais, nomeadamente através do fundo ambiental que podia perfeitamente acelerar a concretização deste programa para muitas famílias em cada um dos anos”, analisou, para logo depois afiançar que vai lançar este repto “ao próximo governo”.

Também o Administrador da Bragahabit, Carlos Videira, realça a agilidade no terreno, vantagem para estruturas locais comparativamente ao estado central. Lembrando que “em poucos meses a solução tem sido implementada” através do programa municipal, Videira diz que no que respeita ao Fundo Ambiental o funcionamento é “muito diferente”. “Muitas vezes não sabem que documentos devem submeter porque o processo é bastante burocrático, ficam muito tempo à espera da resposta do governo, muitas vezes os fornecedores, porque não têm a certeza se vão receber atempadamente por parte do governo, tardam a sua resposta ou nem respondem”, exemplifica, além de sublinhar que o apoio através do programa municipal é “o dobro do Fundo Ambiental”.


Rui Marques, diretor-geral da Associação Empresarial de Braga, parceira da iniciativa com uma carteira de 34 fornecedores locais, sublinha que “é mil vezes preferível contratualizar com os municípios”. 

Lamentando que os programas geridos pela administração central são “complexos, muito burocráticos e atrasam”, Rui Marques considera que este programa com co-financiamento “poderia chegar com mais velocidade a mais famílias do território e do país”.

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Elsa Moura
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