Coelima. O pedido de insolvência e a operação desmentida pelo Banco de Fomento

A têxtil Coelima com 250 trabalhadores avançou com um pedido de insolvência, e justifica a decisão com a quebra de vendas superior a 60% provocada pela pandemia e com a não aprovação das candidaturas às linhas de crédito Covid-19.
A empresa pretende apresentar um plano de recuperação aos credores no prazo de 30 dias, mas o sindicato levanta suspeitas quanto às intenções por trás deste pedido de insolvência. Segundo a edição de hoje do jornal Público, o Banco de Fomento diz que não recebeu qualquer operação da Coelima.
Em declarações à RTP esta quinta-feira à porta da empresa, Francisco Vieira, da União de Sindicatos de Braga lembrou que com a pandemia o têxtil “está muito forte, com empresas a trabalhar para além da capacidade”, lamentando, por isso, a incapacidade da Coelima “para adquirir matérias primas por falta de liquidez”. “Não conhecemos o passivo, mas estou cursioso. Estamos a falar de milhões e milhões de passivo, são dez anos de administração Dr. Artur Soutinho,estou curioso para ver”, atirou.
Francisco Vieira afirma que a administração “está a fazer tudo para destruir a unidade produtiva”, e insiste na gestão de Artur Soutinho que diz ter vindo para “enterrar a empresa”, apesar de ter prometido aos trabalhadores que se transformariam “no maior grupo têxtil da Europa”.
