Comentadores do ‘Praça do Município’ duvidam da proposta de Pires para os TUB

Os comentadores do programa Praça do Município duvidam da viabilidade do anúncio do candidato do PS à Câmara de Braga sobre a gratuitidade dos TUB para todos os bracarenses. Hugo Pires revelou à RUM que vai colocar no programa eleitoral à Câmara Municipal de Braga, nas autárquicas deste ano, um reforço no investimento aos Transportes Urbanos de Braga e a gratuitidade dos mesmos para todos os bracarenses, fomentando o uso do transporte público, a redução do tráfego automóvel e dos níveis de poluição na cidade.
No programa de sábado passado na RUM, o comentador Jorge Cruz considerou que a medida fará sentido, mas se implementada por fases. Reconhecendo que toda a gente “gostaria que isso acontecesse”, diz que resta saber como. “Eu não me acredito que o candidato do PS ao falar nisso venha propor que isso seja feito com um estalar de dedos. Será uma medida para ser implementada ao longo dos anos e, eventualmente, de uma forma faseada”, argumentou.
Ora, o comentador Carlos Almeida avisa que a proposta “não é inovadora” já que há muito é defendida pelo PCP no Parlamento, mas tem sido chumbada pelo Partido Socialista de Hugo Pires. Por essa razão, o comentador duvida do timing do candidato à Câmara de Braga para este anúncio. Almeida refere que a proposta “pode ser considerada como um acto meramente eleitoralista, populista mesmo”. “Não podemos encarar isto de uma forma séria, muito menos ainda se nos lembrarmos do que foram os últimos mandatos do Partido Socialista em Braga também em matéria de mobilidade e transportes públicos”, continuou.
Já Carlos Neves avisa que a gratuitidade dos Transportes Urbanos de Braga para os bracarenses será sempre paga por todos. Afirmando que “como não há almoços grátis, também não há transportes grátis”, Neves recorda que o contrato de concessão que o Município fez com os TUB para os próximos dez anos “tem uma compensação de mais de 60 milhões de euros (nesses dez anos)”. Por isso, o centrista concorda com Ricardo Rio quando diz que se trata de uma medida “populista e eleitoralista” já que “não é minimamente razoável nem sensata do ponto de vista operacional e económico-financeiro”.
