Companhia Cegada apresenta texto sobre justiça de Heinrich Von Kleist no Theatro Circo

‘Num País onde não querem defender os meus direitos, eu não quero viver’. Este é o nome da peça protagonizada pela Companhia Cegada e que sobe ao palco do Theatro Circo esta quarta e quinta-feira.

Trata-se da apresentação de mais um texto de Heinrich Von Kleist, a partir da adaptação de Jorge Silva e Melo, e que conta a história de um criador de cavalos que sofre uma injustiça que o leva a perder a sua propriedade e família. “É um cidadão exemplar que ao atravessar um caminho, por onde já passou 17 vezes para vender os seus cavalos lhe, é cobrada, pela primeira vez, uma portagem por um saxão. Todavia, ele deixa dois cavalos e um criado como garantia e regressa para tratar da documentação necessária”, conta o encenador Rui Dionísio.

Quando o protagonista descobre que foi enganado, continua o encenador, “regressa ao território e dá conta de que os seus cavalos foram maltratados e que o seu criado foi espancado e expulso”. Ora, perante esta situação, recorre às instâncias judiciais. “O que acontece é que quem cobrou a portagem é familiar de dois fidalgos que adulteram todo o sistema judicial. É então que o comerciante de cavalos junta um exército e decide fazer justiça pelas próprias mãos”, revela.


A obra, baseada numa história verídica de 1595, explora temas como a liberdade individual, a opressão governamental, a missão do Estado e o abuso de poder, o direito e a justiça. No entender de Rui Dionísio, a peça convida o público a refletir sobre as próprias legislativas de 10 de março. “É um espetáculo bastante forte, mas também muito interessante da perspetiva da reflexão”, considera Rui Dionísio.

A peça sobe ao palco do Theatro Circo, esta quarta e quinta-feira, às 21h30.

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Catarina Martins
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